sexta-feira, 15 de abril de 2005

questões profundas de etimologia

Brodeuses – Bordadeiras


Quando “bordadeira” não vem de “borda”


Filme francês. Com ruiva. E ruiva total, segundo me parece. Vai daí pensei: “isto mete rata à mostra”. Até porque a origem etimológica de bordadeira é borda. A bordadeira é a gaja que trabalha com bordas. Que as mete para dentro assim com jeitinho quando elas saltam para fora depois de um esforço assim mais exagerado a levantar um caixote de bacalhau demolhado no Intermarché. Isto não é a piada fácil de escolher um hipermercado para associar ao caixote de bacalhau. Não, não, não, não. A rapariga ruiva, que aposto que tem os pintelhos ruivos, trabalhava de verdade num Intermarché. De verdade não. Mas no filme sim. E vai daí mandou uma queca num gajo que anda de mota. E depois a barriga aumenta e aumenta e ela decide é fazer bordados. E “diz que” ela até um faz bordados muito jeitosos. Não como aquela do segundo andar que ficou a dever dinheiro ao homem do talho, tudo por causa de uns dinheiros sujos em que o padrinho do Sr. Luís da mercearia andou metido quando ainda estava na tropa.
Depois começa tudo a dizer que ela tem cancro. E que afinal não. Mas depois afinal já todos sabem que ela está grávida. Embora a mim me pareça que a barriga dela aumenta e diminui ao longo do filme. Cá para mim, e a mim ninguém me engana, aquilo é tudo a fingir. Diria mesmo mais, cá para mim aquilo é tudo a fingir.

Agora é que percebo que não há substância nenhuma neste filme. Fico aqui a pensar e é tudo sobre uma ruiva, grávida que faz bordados. E não se passa mesmo mais nada. A não ser um acidente de mota e ela a mandar uma queca com outro que não o que a engravidou. Aposto que depois o bebé nasceria com um montinho de esperma na cabeça. Seria o cumshot mais novo de sempre. Não é bem isto que eu queria dizer. O que eu queria mesmo dizer é que a pessoa que levava com o cumshot seria a mais nova de sempre. Mas se prolongasse muito a cena depois não se iria perceber nada como isto que estou para aqui a escrever e que já está longo demais e já ninguém percebe muito bem o que estou para aqui a dizer e espero que ninguém venha logo assim comentar: “aquilo tudo é só para encher espaço”.

Os chineses, em termos de cumshots, são os melhores do mundo. Acho que é por serem muitos. A probabilidade de haver alguém que goste de levar com “ele” na cara é muito maior que nos outros sítios. A não ser naquelas países de pretos onde têm todos a barriga inchada das noitadas de cerveja mas onde não forram os estômago antes. E depois incha. Aí um cumshot é quase uma refeição de graça.

Pá... não sei mais o que dizer. Posso agora fazer uma piada à “Malucos do riso”. Há uma cena no filme em que a ruiva, que eu aposto que tem pintelhos ruivos, rouba couves. Foi a primeira fiz que vi grelo a roubar couves. *risos gravados*

A verdade verdadinha é que nem prestei muita atenção ao filme porque, logo no início, sentou-se uma gaja ao meu lado e eu estive sempre a tentar perceber se ela era boa assim pelo canto do olho. Isto porque, além de a sala estar vazia, os lugares não eram marcados. E um gajo pensa sempre, quando isto acontece, “esta gaja quer-me mais do que o Vítor Baía quer o César Peixoto”. É como no metro que um gajo se senta sempre de frente para as gajas mas do lado diagonalmente oposto. Só “naquela”.
O grande truque nestas situações é suspirar e cruzar muitas vezes a perna e mexer-me muito para ela pensar: “este deve ser crítico de cinema”. Se há coisa que molha mais o grelo – além da lavagem habitual antes de serem cozidos com batatas – é um gajo que seja crítico de cinema ou webdesigner. Webdesigner é como dizer às gajas que nós somos o laguinho que fica por baixo das cataratas do Niagara. Eu cá decidi-me pela Física porque pensava que isto de um gajo ser físico deixa as gajas todas húmidas. Afinal não. Ser de Física é como meter um pacotinho de sílica nas cuecas das gajas. Do outro lado estava um gajo a roncar. Ainda por cima estava sozinho.

E o Nimas tem quadradinhos (cubinhos) em cima. Assim pendurados.

Depois no fim fiquei assim a fazer tempo. Fingi que ia à casa de banho para quando saísse – tinha o carro mesmo parado em frente ao cinema – o grelo pensasse todo: “ina man! Que carrão que ele tem!”. Mas, azar dos azares, medi mal a cena e quando dei por mim estava a sentar-me sozinho no carro, com a rua vazia, em direcção ao infinito. Enfim, sem cenário nenhum. Mas este é um daqueles lugares que se arranja assim uma vez em mil. De dentro do carro quase que, se me esticasse, poderia comprar o bilhete para o cinema. A cena é que demorei imenso tempo a estacionar. Para os que me conhecem, sabem perfeitamente que eu sou o melhor do mundo a arrumar carros em paralelo. Entra sempre à primeira e fica com igual distância à frente e atrás. Nunca rocei um passeio e sempre que aparece um arrumador começo com a teoria do camião com gajos de caçadeiras e outro atrás com forquilhas para apanhar os corpos. Se são arrumadores é porque querem. Ou porque Deus assim acha que merecem. E contra a vontade do Senhor, já se sabe, nada se pode fazer.




Brodeuses - :)

:O~ <- vómito (filmes tipo AI, Matrix 2 e 3)
:O <- filmes “preferia ter gasto a guita em cerveja, droga ou cigarros”
:| <- filmes “naquela”
:) <- filmes médio-fixe ou “nice”
:D <- filmes “cum gajo até acha que coiso e tal e diz aos outros para irem ver”
:D~ <- filmes que “sim senhoras”

3 comentários:

Anónimo disse...

tu é que devias fazer a critica cinefila do expresso

juvenal, o anormal disse...

pá...ainda só tenho 0.25 de astigatismo. não posso usar daqueles óculos que os intelectuais usam. já viste bem o azar da cena?:|

Anónimo disse...

Depois de ler as tuas críticas fico mesmo à rasquinha pra ver os filmes.:|