terça-feira, 24 de outubro de 2006

Jew: Is anyone else having problems concentrating on this? I just can't seem to concentrate. Cartman: Maybe we should send you to a concentration camp

1º de Maio


God damn hippies


Num restaurante com nome de comunas, a comida só podia ser boa porque se há coisa que os comunistas gostam de fazer é encher o bandulho, de preferência sem pagar, em sítios com toalhas de oleado cobertas com papel. Isso e encher as camisas de flanela e calças de bombazina com nódoas de vinho tinto e gordura de azeite ou banha de porco de fritar bifanas ou entremeada. Também gostam de melancia e laranjas cortadas ao canivete. São gulosos, tanto a comer como no geral. Odeiam quem tenha mais que uma mochila da tropa, caspa, um livro, uma sandes de manteiga embrulhada em celofane, 4 gramas de haxixe, um Kispo (original) e ache que a inclusão social tem de ser mais que meter os pretos e os ciganos em casas no centro da cidade com rendas de 25 euros por mês. No fundo, esperam que um dia lhes saia a sorte grande. Afinal, os outros preguiçosos já têm T2 em Entrecampos e o Estado permite-lhes o passar do dia a mandriar e a comparar os sub-woofers dos auto-rádios. E se somos todos iguais e mais essa treta toda que os hippies dos comunistas costumam dizer porque é que não hão-de, um dia, ter uma casa sem nada fazer para isso? E para mais toda a gente sabe que os hippies têm o amor aos pretos que o Salazar tinha – o seu único defeito (do Salazar, não dos outros).
Não havia polvo, não havia coelho e não havia gajas. Apenas uma mais ou menos boa mas que se babou toda quando tentou beber cerveja pela garrafa para impressionar aqui o pai e passou logo para a minha lista das “gajas-que-se-babam-quando-tentam-impressionar-gajos-a-beber-pelas-garrafas” (elas, não os gajos que bebem pela garrafa). Não é como aquele filme que eu vi no sábado e que ainda é mais confrangedor que o ataque do Benfica mas tinha uma gaja muita boa. Um gajo sente-se incomodado de tão mau que é e sente-se ainda pior de pensar que há mais pessoas a ver aquele filme na mesma sala. É pior que o Paulo Jorge, é mais arrepiante que ver o Caneira a arriscar a titularidade para o resto da vida quando é fintado pelo Hélder Postiga, em plena área, que depois faz o que sabe melhor, chutar à baliza e a bola sair pela linha lateral. Chorei os 5 euros. E nem precisava. Porque aposto que o Petit ou o Nuno Gomes têm o filme em DVD pirateado.
Nuno, se leres isto, o filme chama-se “A senhora da água” (o meu mail está ali ao canto -->) e a gaja Bryce Dallas Howard e vive dentro duma piscina no meio de um condomínio de pretos, monhés, ciganos, chineses e do Paul Giamatti. Poderia ser um remake da vida do Brian Jones. Eu cá dos pretos não quero nada, dos monhés quero apenas que me preencham a declaração de impostos e dos chineses chao min de frango e mais uma imperial.
O filme é como uma bola de basket nas mãos de um anão, não tem ponta por onde se lhe pegue – atenção que isto fui eu que inventei, e fora do horário de trabalho. Em quem eu pegava mesmo era na Bryce Dallas Howard que passa o filme de camisa sem mais nada por baixo e o Paul Giamatti nem lho espeta e o pior é que tem a gaja de camisa em cima do sofá e lê-lhe poesia. Pode-se ser mais homossexual? Mas até deve ser normal para um tipo que tem quase mais pêlos nas costas que o Tony Ramos tem no peito. E são daqueles que dançam quando ele mergulha de tronco nu para dentro da piscina. Se há coisa que os gajos que tomam conta das piscinas devem gostar de encontrar nos filtros deve ser pêlos das costas do Paul Giamatti, de quem eu até gosto, diga-se, mas que não sabe imitar um tipo que gagueja. Ainda por cima ela é ruiva. E é a única cor de pintelhos que nunca vi – na Internet não conta.
Eu quando cheguei a casa ainda fui à garagem ligar a mangueira mas a única gaja que apareceu foi a minha porteira de fato de treino. E consigo bem imaginar que são grisalhos e devem parecer enrolados a rolo e secador. Mas acredito que o arrepio que se sente é o mesmo.


Comi feijoada. E diga-se que já comi feijoadas bem melhores. A cena é que gosto mesmo de feijoada, de enchidos e de sexo oral de categoria. Só que, sábado, não tive nenhum dos três. Torna-se comum num sábado à noite. Isto de um gajo só lavar as t-shirts quando já nem o perfume disfarça o cheiro a homem a sério, tem muito que se lhe diga. A mousse de chocolate também não era nada de especial, as Bohemias estavam pouco frias, mas eu sei que são capazes de melhor. Já lá comi muito bem e vale a pena lá voltar.




1º de Maio - :)

:O~ <- ao nível das cantinas em particular e da do Técnico em geral
:O <- cabelos na comida e sarro nos talheres
:| <- restaurantes Ana Malhoa - um gajo até lá vai, se não houver mais nada
:) <- restaurantes Alexandra Lencastre – um gajo, há uns anos, até lá ia e era bom – agora é mais o hábito
:D <- daqueles que um gajo pede o cartãozinho
:D~ <- comidinha da avó

quarta-feira, 11 de outubro de 2006

canal história

Pois é. Isto para pessoas que, como eu, gostam de futebol vai mal. A minha decisão de ver os sub-21 foi acertada. Um grande jogo. Uma grande vitória. Na selecção de sub-21 jogam os melhores e os que estão em forma. Não há cá compadrios.
A selecção dos compadres continua a bater recordes. A primeira derrota em 8 anos, numa fase de qualificação, exibições de um pobreza arrepiante. E o Ricardo Rocha. A mostrar porque nem numa equipa como o Benfica é titular. As chamadas de jogadores como o Ricardo Rocha, o Hélder Postiga ou a insistência em continuar a jogar com dois médios defensivos (um deles, o Petit) contra equipas de segunda e a titularidade do Nuno Gomes tornar-se-ão case studies no mundo do futebol. Para mais, quando os melhores ficam em terra ou são "relegados" para os sub-21.
Proponho uma selecção nacional que será a equipa do Sporting. Com o Ricardo Carvalho no lugar do Polga e dois avançados a designar.
Ontem fez-se história com quatro jogadores do Sporting em campo. Hoje fez-se história com quatro jogadores do Benfica em campo. Coincidência?

vais partir, naquela estrada

Espaço Cabo Verde


Mataram o Milhazes

Não é que eu não curta pretos. É naquela. Até tenho amigos pretos. Chama-se Gaspar e mora ali na caixinha onde guardo o presépio. Segundo a lenda, ou o conto, levou incenso. Ninguém esclarece em que sentido é que foi. Se levou para o presépio, ou se levou do presépio. Isto com pretos um gajo nunca sabe e o melhor é trancar tudo. Eu cá apostava mais que tivesse tirado. Muito provavelmente levou as palhas também, que é a única coisa que se fumava dali. “Sócio, gira lá dessas palhas, vá lá”. Toda a gente sabe que se Deus inventou o haxixe foi para manter os pretos com baixos níveis de ansiedade para evitar mais roubos e violações e jogos de basket e mais essas coisas que eles gostam de fazer quando não estão a mandriar. Eu até sou gajo de comer aquela cachupa da cachupa em que os talheres e as toalhas de oleado têm mais hepatite que o fígado do Jorge Palma. Mas um gajo está vacinado e às 6 da manhã não há nada que não marche. E tu sabes quem és. E na cachupa já vi putedo do mais decadente que há. E em termos de ter noção de putedo decadente eu sou muito bom. E quando uma gaja coça a crica por cima das calças e cheira os dedos, um gajo sabe que está perante a realeza.
Eu sei que gosto de cachupa. Porque já comi e foi feita por um deles. É como misturar cimento. Não há quem o faça como quem nasceu para isso. Mas esta não era boa. Era milho cozido com pele de porco. Foi um embuste. Um exagero. É como a notícia que vi no jornal esta semana. Parece que o Hélder Postiga se lesionou. Ou andam desatentos ou o jornal devia ter saído há 22 anos. Um gajo quando tem uma profissão estabelece limites. No futebol, um avançado impõe-se dois limites. Um limite superior: Ronaldinho, e um limite inferior: Nuno Gomes. O Hélder Postiga é o único caso relatado de “além-Nuno-Gomes”. Era como quando se acreditava que o mundo acabava ali a seguir a Alcácer do Sal. Para lá disso não havia nada. Apenas o vazio. No outro dia vi um filme com um tipo igualzinho ao Hélder Postiga e (espante-se!) esteve as duas horas que demorou o filme sem marcar um golo. Não era um fime sobre futebol, mas também não é isso que o Hélder Postiga joga. É um desporto novo em que ele é o único jogador. Mas o do filme esteve no limiar de comer a Juliette Binoche. Não sei o que é mais confrangedor se duas horas de Juliette Binoche (um granda binoche, portanto), se duas de Hélder Postiga. Não é que eu não fosse lá, à Binoche, porque vou e é público. E o meu único critério é não ter critério. Aliás, um gajo que vai à Ana Malhoa, vai a qualquer lado. Até à Quarteira passar férias.
Quero deixar aqui bem claro que nunca passei férias na Quarteira e tenciono manter-me assim. Mas havia um tipo na praia onde eu costumava ir que tinha uma prancha daquelas de se meter deitado nas ondas e que dizia que a avó tinha uma casa na Quarteira e era uma grande cena. Mas também era um tipo que tinha calções daqueles de fibra muito fina que quando se molhavam ficavam transparentes e a “picha” – porque aquilo sim era a definição de picha – parecia um dedo de porco anão seco ao sol. Isto sem paneleirices. Eu sou capaz de olhar para estas coisas. Por exemplo, no outro dia estive a ver o Star Wars III – porque nós da função pública entramos às 10:00 e saímos às 17:00 e temos ainda tempo para ver um filmezito antes do jantar – e naquela luta final torci pelo menos enrugado, apenas por ser menos enrugado, e também por ser dos maus. Eu tenho a tendência para torcer pelos maus. Mas foi complicado porque tinham os dois sabres de luz azuis e a certa altura já não se percebia quem era quem. É como o Paços de Ferreira de jogasse com os Boston Celtics. Jogam ambos de verde e marcam pontos com as mãos e um gajo não saberia por quem torcer.
A propósito, perdeu-se também a única hipótese de sempre de pôr o Yoda a falar ao telefone. É a única pessoa no Universo (com U grande) que pode dizer: “Estou? Quem fala?”. “É o Yoda”. “Quem?”, “O caralho que ta foda”. E foram 6 filmes e ninguém se lembrou disto.

Aqui fica novamente a parte que interessa a sublinhado para não vos cansar a vista. E até porque enche mais um bocado e posso sempre chegar às 2 páginas e meia de Word que é sempre o meu objectivo.
Não vou poder dizer se as miúdas eram boas ou não porque depois umas vão perguntar se só fui para a cama com elas porque estava com os copos e as outras vão perguntar para quem estive a olhar.
Não lhes quero estragar o negócio. Até porque um preto a trabalhar é um preto a menos a roubar. Mas têm de melhorar a cena.


Às vezes parece que sou um pouco limitado com preposições. Até sou. Mas também sou um gajo que admite as cenas. E admito que as sei todas de cor. A, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, por, perante, sem, segundo, sob, sobre, trás.



Espaço Cabo Verde - :O

:O~ <- ao nível das cantinas em particular e da do Técnico em geral
:O <- cabelos na comida e sarro nos talheres
:| <- restaurantes Ana Malhoa - um gajo até lá vai, se não houver mais nada
:) <- restaurantes Alexandra Lencastre – um gajo, há uns anos, até lá ia e era bom – agora é mais o hábito
:D <- daqueles que um gajo pede o cartãozinho
:D~ <- comidinha da avó