sexta-feira, 29 de junho de 2012
weird memory
A unidade de conversão ao Judaísmo devia ser o dólar.
brat'ya karamazovy
Há muitos anos atrás, eu era pessoa para achar que os irmãos Karamázov eram dois. Os irmãos são sempre dois. Se há um terceiro, morreu no parto porque ficou com a cabeça entalada na cona da mãe. Que acaba por servir como expressão para uma série de outras coisas que nada têm a ver com essa coisa tão bonita que é o parto. Como adjetivo, "o bar do Pinto é lá na cona da mãe", que significa que é longe pa caralho e um gajo ou vai de carro ou nunca mais lá chega e 'tá mazé fodido, como nome próprio "o Conámãe" - um cigano mítico do Lumiar - que, como o nome indica, tinha ido à cona à mãe (segundo se dizia, porque ninguém conhecia ou tinha sequer visto o Conámãe - era uma espécie de figura mitológica mas em cigano, o equivalente à cigana que lavou a rata depois de mijar), ou como interjeição quando, por exemplo, o Bruno Alves atira à barra, um gajo vai e diz buéda alto "cona da mãe!" e ainda pode acrescentar "ó caralho, foda-se, puta que pariu! E se fosses mas é enrabar um preto?".
Um dia, na estação de metro do Intendente, uma russa tentava tirar uma mala onde devia transportar todos os bens que trouxe lá duma cidadezinha qualquer na Rússia (Mókroe?) e bate-me com a mala nos tomates - é verdade que são pequenos e se perdem num mar de pintelhos que foram aparados apenas uma vez, em 1994, mas existem e cumprem a sua função. Chamei-lhe a atenção para o sucedido, "olha lá ó Ivanova, não viste que me bateste com a mala nos irmãos Karamázov?" e ela olhou e disse que não podia ser porque eles são três e duvidava muito, pela minha cara de cu, que eu tivesse mais que meio testículo. Toda a gente se riu na carruagem e eu tive de passar a andar de autocarro.
Ora, de autocarro demora-se muito mais tempo a chegar aos sítios e eu, como chego sempre a horas, tive de passar a levantar-me cada vez mais cedo o que contribuiu para um esgotamento que tive que me apanhou parte da cara e a vida quase toda. Não que a cara já não fosse o que era mas depois disto devia haver uns subsídios para pessoas com a cara assim e que não precisariam de trabalhar, só dedicar-se a comer ameijôas e a beber imperiais. Mas não, subsídios só para os paneleiros do teatro, grávidas e ciganos.
Os anos passaram e pude voltar a andar de metro e retomar os meus já quase extintos hábitos de leitura. Que nunca foram muitos, na verdade, porque o gene da preguiça é dominante e acho que saltou muitas gerações e se alojou em mim sem qualquer explicação e agora eu tenho a energia de um brasileiro comunista picado pela mosca tsé-tsé.
Todos os livros que li foram escolhidos pela grossura. Quanto mais finos, melhor que era para não cansar a testa e o resto da vida que não tinha sido apanhada pelo esgotamento. Depois, à medida que os anos passaram, fui apostando nos mais grossos que é o que todas as mulheres fazem depois de irem para a cama comigo. Isso e vomitar em repuxo e dizerem "prometes que não contas a ninguém?" e eu prometo mas depois vou logo a correr atualizar o meu estado do Facebook a dizer que comi não sei quem e mudar o relationship status para casado com essa pessoa, o que já me valeu algumas restraining orders e ameaças e isso mas que eu não ligo muito porque sofro daquela cena da atenção que é um gajo estar a olhar e parecer que está bué atento mas está a contar os pontos negros que a outra pessoa tem no nariz e se são daquelas que dão para tirar com uma pinça ou se é preciso ir lá com a unha.
O livro divide-se em muitos capítulos que é para as pessoas não se cansarem assim logo de repente e sempre que aparecem aquelas páginas em branco só com o título, um gajo pensa logo que é fixe porque vira duas páginas e conta como duas páginas lidas. Eu sou desses que acha que os livros deviam começar com a página 1 na capa e que depois deviam sempre ter uma introdução daquelas que um gajo pode passar à frente e quando um gajo começa realmente a ler o livro, aquilo já vai aí na página 15 e pode-se parar para descansar e recomeçar no dia seguinte e dizer às miúdas que já se vai "praticamente a meio".
Os primeiros capítulos são para apresentar as personagens e que eu me esqueci com muita facilidade porque isto de decorar nomes já foi mais fácil e assim nos livros sem um gajo poder associar o nome à cara ainda é pior e devia vir com um glossário ou um índice remissivo para um gajo poder indo acompanhando (português do bom ou quê?:D) sem ter de estar sempre a voltar atrás. Melhor ainda, seria um diagrama daqueles com setas que até um preto consegue acompanhar.
Como já disse atrás, os irmãos Karamázov eram três e tinham um pai que era alto fodilhão e até comeu a deficiente lá da aldeia de onde eles eram que tinha cotos (a deficiente, não a aldeia) por mãos e um dedinho que saía e era como ela segurava a colher para comer as papas de aveia que lhe davam e tiveram um filho que também era deficiente mas ao nível da personalidade. Que isto da personalidade não é coisa que se arranje assim ao pontapé. Por exemplo, eu quando nasci, os meus pais pediram aos médicos se não dava para me meter lá de volta e eles disseram que não mas que podiam dar-me umas injeções de personalidade. Dadas essas injeções, fingiram que se esqueceram de mim no hospital até eu ter 16 anos e depois lá me levaram para casa de transportes públicos porque eu "não merecia mais que aquilo".
Dois dos irmãos também gostavam de mandar a sua de vez em quando, porque aquilo na altura ainda os paneleiros não tinham inventado o vírus do Silva, mas em círculo. Um queria comer uma que queria comer o outro que queria comer outra que queria comer um anão. Isto do anão não é verdade mas eu sou daquelas pessoas a favor da inclusão e acho que se deve sempre tratar os anões e os pretos com igualdade e ensinar-lhes maneiras e a comer com talheres. Já os ciganos e os paneleiros não. Que são gente que só está bem a roubar ou a enrabar. Este filho deficiente, ao nível da personalidade, tinha também aquela doença do vocalista dos Joy Division, para além de suar em demasia, e teve vários ataques ao longo do livro que em nada servem para o desenrolar da história mas mostra que o Dosto era pessoa que tinha muita estima pelos deficientes e que até os incluía em histórias como fazia com as pessoas normais. Esta criança foi cuidada pelos caseiros dos Karamázov que eram muito dadas ao sexo anal. Ou seria anual? Bom, um dos dois. Até porque, como toda a gente sabe, cu é daquelas coisas que um gajo faz aí uma vez por ano quando consegue drogar uma gaja e obrigá-la a vir de táxi para casa com a gente.
O irmão mais velho era dado a não fazer nenhum e a mandar as suas fodas e a espalhar o seu esperma pela Rússia. E também gostava de bater em pessoas, na cara e isso e não de uma maneira boa como uma gaja que eu trouxe para casa uma vez e me pediu que lhe desse socos na cara e eu disse que tinha a sopa ao lume em casa dos meus pais e nunca mais voltei.
O irmão do meio era alfaite e vendia camisas por atacado numa pequena loja em Mókroe. Na verdade, não era Mókroe. Mas é o único nome de cidade que consegui reter do livro portanto, a partir de agora, toda a ação se passará em Mókroe. De manhã, montava o estaminé e vinha gritar cá para fora "olhá camisa da moda a mil! É a mil, mádame!". Penso que seriam cópeques, que é uma moeda que deve corresponder ao nosso cêntimo mas eu não sou pessoa de converter. Apesar de já ter convertido uma gaja ao catolicismo enquanto a comia por trás e ela dizia "ai meu Deus, caganda foda" e eu nem percebi que aquilo era comigo porque normalmente gritam-me "porque é que não te mexes, ó inútil?" e fui à cozinha mexer a sopa.
O mais novo era pessoa dada a ajudar os outros e os velhinhos a atravessar a estrada. Um hippie.
A história vai e começa quando eles andam atrás do dinheirinho bom do pai e então o pai propõe que andem todos à facada, porque se há coisa em que os russos são bons é em andar à facada, e quem ganhar recebe logo ali mil rublos dos bons e pode ir às putas. O banana fica logo com medo e desiste e os outros dois simulam um empate que é para irem os dois à putas e vai cada um a um buraco diferente mas o criado que sofria da personalidade vem e diz que ouviu eles a combinarem e então recebe ele quinhentos rublos (os outros quinhentos é uma taxa de deficiência que os russos cobram a tudo o que é deficiente) e vai ele às putas mas começa a ter um ataque e fica logo ali a chapinhar na lama enquanto toda a gente se ri porque, na Rússia, é tradição as pessoas gozarem com os deficientes. Depois vão falar com um monge que faz uns milagres e o monge propõe jogarem ao "Jogo da Glória" e quem ganhar, à melhor de cinco, fica com o dinheiro todo. O banana tira logo um noventa e nove na primera jogada e vai parar ao poço e fica logo de fora. Os outros dois combinam novamente empatar mas o subalterno que sofre da personalidade vem e diz que ouviu aquilo tudo e chiba-se e tem outro ataque na lama mas desta vez vestiram-lhe um bikini antes porque os russos são muito dados à luta na lama de bikini. O monge entretanto fina-se e as mulheres entram em histeria. Estes dois factos não estão relacionados. As mulheres é que gostam de entrar em histeria for whatever reason. E depois aparece outro monge que veio duma terrinha do outro lado da Rússia que nunca tomou banho (o monge, não a terrinha do outro lado da Rússia) e cheira muito mal dos pés e do escroto e tem uns dentes horríveis porque o seguro de saúde dele não inclui estomatologia, por pelintrice, e começa a dizer coisas sobre o outro monge que morreu e toda a gente começa a achar que Deus, se calhar, não existe mas depois há quem diga que sim e quem diga que não e então fica tudo na mesma. O subalterno tem mais um ataque de epilepsia e depois compra uma guitarra e forma uma banda chamada "The Karamázov Brothers" de onde se destacam uns hits muitos bonitos em especial o "The sun ain’t gonna shine anymore in Mókroe" e "Make it easy on yourself in Mókroe". Que são temas sobre o amor e a felicidade mas em Mókroe. O pai nisto tem uma espécie de enfarte, embandeira em arco e começa a tentar comer a namorada de um dos filhos e ela começa primeiro a dizer que sim mas depois a dizer que não e depois a dizer que sim e depois a dizer que não e depois a dizer que sim e depois a dizer que não que é o comportamento das mulheres em geral, em qualquer país do mundo e sobre qualquer assunto e o filho fica fora dele e arranja um pilão (já procurei e não diz o site onde se pode comprar) e vai ao pai e diz "eu tenho aqui doentes em casa, hm? E não estou para aturar MA-LU-COS está bom?". E o pai finge que sim e diz que a culpa é da ómidade mas continua a mexer com o dedo grande do pé na namorada do filho que sai pelo buraco da meia (o dedo grande do pé, não a namorada do filho) por baixo da mesa durante o jantar de Natal e vem o subalterno começar a chibar-se mas racham-lhe a cabeça porque já toda a gente está farta de subalternos e vivem todos muito felizes para sempre. Em Mókroe.
Eu tenho a dizer que gostei muito mas que é um livro que cansa muito a cabeça e a vista e que o melhor é esperar pelo filme.
Um dia, na estação de metro do Intendente, uma russa tentava tirar uma mala onde devia transportar todos os bens que trouxe lá duma cidadezinha qualquer na Rússia (Mókroe?) e bate-me com a mala nos tomates - é verdade que são pequenos e se perdem num mar de pintelhos que foram aparados apenas uma vez, em 1994, mas existem e cumprem a sua função. Chamei-lhe a atenção para o sucedido, "olha lá ó Ivanova, não viste que me bateste com a mala nos irmãos Karamázov?" e ela olhou e disse que não podia ser porque eles são três e duvidava muito, pela minha cara de cu, que eu tivesse mais que meio testículo. Toda a gente se riu na carruagem e eu tive de passar a andar de autocarro.
Ora, de autocarro demora-se muito mais tempo a chegar aos sítios e eu, como chego sempre a horas, tive de passar a levantar-me cada vez mais cedo o que contribuiu para um esgotamento que tive que me apanhou parte da cara e a vida quase toda. Não que a cara já não fosse o que era mas depois disto devia haver uns subsídios para pessoas com a cara assim e que não precisariam de trabalhar, só dedicar-se a comer ameijôas e a beber imperiais. Mas não, subsídios só para os paneleiros do teatro, grávidas e ciganos.
Os anos passaram e pude voltar a andar de metro e retomar os meus já quase extintos hábitos de leitura. Que nunca foram muitos, na verdade, porque o gene da preguiça é dominante e acho que saltou muitas gerações e se alojou em mim sem qualquer explicação e agora eu tenho a energia de um brasileiro comunista picado pela mosca tsé-tsé.
Todos os livros que li foram escolhidos pela grossura. Quanto mais finos, melhor que era para não cansar a testa e o resto da vida que não tinha sido apanhada pelo esgotamento. Depois, à medida que os anos passaram, fui apostando nos mais grossos que é o que todas as mulheres fazem depois de irem para a cama comigo. Isso e vomitar em repuxo e dizerem "prometes que não contas a ninguém?" e eu prometo mas depois vou logo a correr atualizar o meu estado do Facebook a dizer que comi não sei quem e mudar o relationship status para casado com essa pessoa, o que já me valeu algumas restraining orders e ameaças e isso mas que eu não ligo muito porque sofro daquela cena da atenção que é um gajo estar a olhar e parecer que está bué atento mas está a contar os pontos negros que a outra pessoa tem no nariz e se são daquelas que dão para tirar com uma pinça ou se é preciso ir lá com a unha.
O livro divide-se em muitos capítulos que é para as pessoas não se cansarem assim logo de repente e sempre que aparecem aquelas páginas em branco só com o título, um gajo pensa logo que é fixe porque vira duas páginas e conta como duas páginas lidas. Eu sou desses que acha que os livros deviam começar com a página 1 na capa e que depois deviam sempre ter uma introdução daquelas que um gajo pode passar à frente e quando um gajo começa realmente a ler o livro, aquilo já vai aí na página 15 e pode-se parar para descansar e recomeçar no dia seguinte e dizer às miúdas que já se vai "praticamente a meio".
Os primeiros capítulos são para apresentar as personagens e que eu me esqueci com muita facilidade porque isto de decorar nomes já foi mais fácil e assim nos livros sem um gajo poder associar o nome à cara ainda é pior e devia vir com um glossário ou um índice remissivo para um gajo poder indo acompanhando (português do bom ou quê?:D) sem ter de estar sempre a voltar atrás. Melhor ainda, seria um diagrama daqueles com setas que até um preto consegue acompanhar.
Como já disse atrás, os irmãos Karamázov eram três e tinham um pai que era alto fodilhão e até comeu a deficiente lá da aldeia de onde eles eram que tinha cotos (a deficiente, não a aldeia) por mãos e um dedinho que saía e era como ela segurava a colher para comer as papas de aveia que lhe davam e tiveram um filho que também era deficiente mas ao nível da personalidade. Que isto da personalidade não é coisa que se arranje assim ao pontapé. Por exemplo, eu quando nasci, os meus pais pediram aos médicos se não dava para me meter lá de volta e eles disseram que não mas que podiam dar-me umas injeções de personalidade. Dadas essas injeções, fingiram que se esqueceram de mim no hospital até eu ter 16 anos e depois lá me levaram para casa de transportes públicos porque eu "não merecia mais que aquilo".
Dois dos irmãos também gostavam de mandar a sua de vez em quando, porque aquilo na altura ainda os paneleiros não tinham inventado o vírus do Silva, mas em círculo. Um queria comer uma que queria comer o outro que queria comer outra que queria comer um anão. Isto do anão não é verdade mas eu sou daquelas pessoas a favor da inclusão e acho que se deve sempre tratar os anões e os pretos com igualdade e ensinar-lhes maneiras e a comer com talheres. Já os ciganos e os paneleiros não. Que são gente que só está bem a roubar ou a enrabar. Este filho deficiente, ao nível da personalidade, tinha também aquela doença do vocalista dos Joy Division, para além de suar em demasia, e teve vários ataques ao longo do livro que em nada servem para o desenrolar da história mas mostra que o Dosto era pessoa que tinha muita estima pelos deficientes e que até os incluía em histórias como fazia com as pessoas normais. Esta criança foi cuidada pelos caseiros dos Karamázov que eram muito dadas ao sexo anal. Ou seria anual? Bom, um dos dois. Até porque, como toda a gente sabe, cu é daquelas coisas que um gajo faz aí uma vez por ano quando consegue drogar uma gaja e obrigá-la a vir de táxi para casa com a gente.
O irmão mais velho era dado a não fazer nenhum e a mandar as suas fodas e a espalhar o seu esperma pela Rússia. E também gostava de bater em pessoas, na cara e isso e não de uma maneira boa como uma gaja que eu trouxe para casa uma vez e me pediu que lhe desse socos na cara e eu disse que tinha a sopa ao lume em casa dos meus pais e nunca mais voltei.
O irmão do meio era alfaite e vendia camisas por atacado numa pequena loja em Mókroe. Na verdade, não era Mókroe. Mas é o único nome de cidade que consegui reter do livro portanto, a partir de agora, toda a ação se passará em Mókroe. De manhã, montava o estaminé e vinha gritar cá para fora "olhá camisa da moda a mil! É a mil, mádame!". Penso que seriam cópeques, que é uma moeda que deve corresponder ao nosso cêntimo mas eu não sou pessoa de converter. Apesar de já ter convertido uma gaja ao catolicismo enquanto a comia por trás e ela dizia "ai meu Deus, caganda foda" e eu nem percebi que aquilo era comigo porque normalmente gritam-me "porque é que não te mexes, ó inútil?" e fui à cozinha mexer a sopa.
O mais novo era pessoa dada a ajudar os outros e os velhinhos a atravessar a estrada. Um hippie.
A história vai e começa quando eles andam atrás do dinheirinho bom do pai e então o pai propõe que andem todos à facada, porque se há coisa em que os russos são bons é em andar à facada, e quem ganhar recebe logo ali mil rublos dos bons e pode ir às putas. O banana fica logo com medo e desiste e os outros dois simulam um empate que é para irem os dois à putas e vai cada um a um buraco diferente mas o criado que sofria da personalidade vem e diz que ouviu eles a combinarem e então recebe ele quinhentos rublos (os outros quinhentos é uma taxa de deficiência que os russos cobram a tudo o que é deficiente) e vai ele às putas mas começa a ter um ataque e fica logo ali a chapinhar na lama enquanto toda a gente se ri porque, na Rússia, é tradição as pessoas gozarem com os deficientes. Depois vão falar com um monge que faz uns milagres e o monge propõe jogarem ao "Jogo da Glória" e quem ganhar, à melhor de cinco, fica com o dinheiro todo. O banana tira logo um noventa e nove na primera jogada e vai parar ao poço e fica logo de fora. Os outros dois combinam novamente empatar mas o subalterno que sofre da personalidade vem e diz que ouviu aquilo tudo e chiba-se e tem outro ataque na lama mas desta vez vestiram-lhe um bikini antes porque os russos são muito dados à luta na lama de bikini. O monge entretanto fina-se e as mulheres entram em histeria. Estes dois factos não estão relacionados. As mulheres é que gostam de entrar em histeria for whatever reason. E depois aparece outro monge que veio duma terrinha do outro lado da Rússia que nunca tomou banho (o monge, não a terrinha do outro lado da Rússia) e cheira muito mal dos pés e do escroto e tem uns dentes horríveis porque o seguro de saúde dele não inclui estomatologia, por pelintrice, e começa a dizer coisas sobre o outro monge que morreu e toda a gente começa a achar que Deus, se calhar, não existe mas depois há quem diga que sim e quem diga que não e então fica tudo na mesma. O subalterno tem mais um ataque de epilepsia e depois compra uma guitarra e forma uma banda chamada "The Karamázov Brothers" de onde se destacam uns hits muitos bonitos em especial o "The sun ain’t gonna shine anymore in Mókroe" e "Make it easy on yourself in Mókroe". Que são temas sobre o amor e a felicidade mas em Mókroe. O pai nisto tem uma espécie de enfarte, embandeira em arco e começa a tentar comer a namorada de um dos filhos e ela começa primeiro a dizer que sim mas depois a dizer que não e depois a dizer que sim e depois a dizer que não e depois a dizer que sim e depois a dizer que não que é o comportamento das mulheres em geral, em qualquer país do mundo e sobre qualquer assunto e o filho fica fora dele e arranja um pilão (já procurei e não diz o site onde se pode comprar) e vai ao pai e diz "eu tenho aqui doentes em casa, hm? E não estou para aturar MA-LU-COS está bom?". E o pai finge que sim e diz que a culpa é da ómidade mas continua a mexer com o dedo grande do pé na namorada do filho que sai pelo buraco da meia (o dedo grande do pé, não a namorada do filho) por baixo da mesa durante o jantar de Natal e vem o subalterno começar a chibar-se mas racham-lhe a cabeça porque já toda a gente está farta de subalternos e vivem todos muito felizes para sempre. Em Mókroe.
Eu tenho a dizer que gostei muito mas que é um livro que cansa muito a cabeça e a vista e que o melhor é esperar pelo filme.
quinta-feira, 28 de junho de 2012
pocket calculator
Os suiços são tão neutros que dá vontade dum gajo lavar os colhões com eles.
terça-feira, 26 de junho de 2012
three portraits
Deus devia-me compensar da cara com um iPhone 4S ou um Galaxy S3.
sexta-feira, 22 de junho de 2012
sentimental dishes
Era uma banda tão original que quando iam jantar fora ninguém tocava no couvert.
youth without youth
Ir almoçar bué cedo faz a tarde parecer muito mais comprida. Devia-se poder fazer isso à pila.
quarta-feira, 20 de junho de 2012
dj, ease my mind
Nigeria Fashion Week: ganha quem tiver a melhor folha de mogno a tapar a cona?
adult goth
O álcool remete a pila para o domínio da química.
yeah, c'mon
Alguém fez merda no servidor. Se fosse na vida, tinha sido eu.
segunda-feira, 18 de junho de 2012
fire's highway
Hei-de ter um filho chamado predicado para, quando discutirmos, lhe poder dizer: "o sujeito não concorda com o predicado".
sometimes
One of my coworkers doesn't distinguish which from witch. I told him only the latter weighs the same as a duck.
sexta-feira, 15 de junho de 2012
piano man
Tenho visto tanto porno que os ficheiros colaram.
quinta-feira, 14 de junho de 2012
ivanka
Devia passar um camião por cima do Eduardo Madeira e um carrinho de linhas por cima do humor dele.
zero dark thirty
Devia haver pessoas que vinham e avisavam quando um gajo está de risco ao meio.
domingo, 10 de junho de 2012
rio grande
A vida devia ter serviço de apoio ao cliente.
terça-feira, 5 de junho de 2012
computer world
Sheryl Crow has been diagnosed with a brain tumor.
A isto chama-se amor.
segunda-feira, 4 de junho de 2012
sábado, 2 de junho de 2012
institution
Júlio César a comentar a um jogo de dados no casino de Lisboa:
"Os dados estão lançados".
"Os dados estão lançados".
"Os dados estão lançados".
"Os dados estão lançados".
"Os dados estão lançados".
"Os dados estão lançados".
"Os dados estão lançados".
"Os dados estão lançados".
"Os dados estão lançados".
"Os dados estão lançados".
"Os dados estão lançados".
"Os dados estão lançados".
"Os dados estão lançados".
"Os dados estão lançados".
"Os dados estão lançados".
"Os dados estão lançados".
"Os dados estão lançados".
"Os dados estão lançados".
"Os dados estão lançados".
"Os dados estão lançados".
"Os dados estão lançados".
"Os dados estão lançados".
"Os dados estão lançados".
"Os dados estão lançados".
"Os dados estão lançados".
"Os dados estão lançados".
"Os dados estão lançados".
"Os dados estão lançados".
"Os dados estão lançados".
"Os dados estão lançados".
"Os dados estão lançados".
"Os dados estão lançados".
"Os dados estão lançados".
"Os dados estão lançados".
"Os dados estão lançados".
"Os dados estão lançados".
"Os dados estão lançados".
"Os dados estão lançados".
"Os dados estão lançados".
"Os dados estão lançados".
"Os dados estão lançados".
"Os dados estão lançados".
"Os dados estão lançados".
"Os dados estão lançados".
"Os dados estão lançados".
"Os dados estão lançados".
"Os dados estão lançados".
"Os dados estão lançados".
"Os dados estão lançados".
"Os dados estão lançados".
sexta-feira, 1 de junho de 2012
happy and bleeding
Hoje é o dia da criança.
Não sei o que oferecer à minha personalidade.
this isn't our parade
A gente.
Quando eu era novo, há muito tempo atrás - embora não pareça porque as pessoas costumam dizer-me que estou “muito bem para a idade”, havia uma banda desenhada que era passada em Coimbra para aí nos anos 60 ou lá o que era porque em Coimbra um gajo nunca sabe o ano porque eles são a cidade mais atrasada do mundo que, segundo uns estudos que “eles” - os da conspiração - fizeram, só tem água canalizada desde 2005 (antes as pessoas iam com um balde logo de manhã ao Mondego para trazer água para casa e fazer o café e lavar o escroto - normalmente por esta ordem mas houve, segundo outros registos de outros estudos anteriores feitos pela contra-conspiração, pessoas que o faziam pela ordem inversa, coisa que originou a expressão “café de merda”) e um telefone público que é naquela praçazinha cá em baixo como quem vai apanhar o elétrico que tem pneus e não rodinhas como os elétricos normais, e eu já estive em Bruxelas por isso, em termos de cidades aborrecidas, sei do que falo. Como sempre, aliás. Até tenho isso no currículo a dizer que tenho “bué opiniões sobre cenas” e sou boa companhia à hora de almoço porque me esforço para falar dos temas que interessam à maioria dos mortais. Telemóveis. Nessa banda desenhada, era quase só pessoas de bigode e camisas de flanela que passavam os dias em cafés a ameijoar com copos de aguardente e diziam mal de coisas em geral e em particular porque era isso que se fazia nos anos sessenta em Coimbra. Muito diferente do que se faz agora que é morrer de tédio e sofrer em geral. Aquilo vinha tudo nuns fascículos que se compravam em lojas clandestinas entre a Duque d’Ávila e a João Crisóstomo ainda dum homenzinho do tempo do regime. Muito amigo do Cardeal Cerejeira, segundo o próprio gostava de dizer, claramente a embandeirar em arco depois de passar o dia a encanar a perna à rã. A banda desenhada acabou por evoluir para um vampiro que se fez atropelar de propósito por um carro (o que as pessoas em Coimbra fazem para não ir trabalhar) para ficar de cama no hospital a levar transfusões porque o que custava não era viver, mas sim saber viver. Para mim, mergulhem-me numa panela de favas com farinheira com um pires de amêijoas a boiar. E imperiais. Muitas imperiais.
Quando eu era novo, há muito tempo atrás - embora não pareça porque as pessoas costumam dizer-me que estou “muito bem para a idade”, havia uma banda desenhada que era passada em Coimbra para aí nos anos 60 ou lá o que era porque em Coimbra um gajo nunca sabe o ano porque eles são a cidade mais atrasada do mundo que, segundo uns estudos que “eles” - os da conspiração - fizeram, só tem água canalizada desde 2005 (antes as pessoas iam com um balde logo de manhã ao Mondego para trazer água para casa e fazer o café e lavar o escroto - normalmente por esta ordem mas houve, segundo outros registos de outros estudos anteriores feitos pela contra-conspiração, pessoas que o faziam pela ordem inversa, coisa que originou a expressão “café de merda”) e um telefone público que é naquela praçazinha cá em baixo como quem vai apanhar o elétrico que tem pneus e não rodinhas como os elétricos normais, e eu já estive em Bruxelas por isso, em termos de cidades aborrecidas, sei do que falo. Como sempre, aliás. Até tenho isso no currículo a dizer que tenho “bué opiniões sobre cenas” e sou boa companhia à hora de almoço porque me esforço para falar dos temas que interessam à maioria dos mortais. Telemóveis. Nessa banda desenhada, era quase só pessoas de bigode e camisas de flanela que passavam os dias em cafés a ameijoar com copos de aguardente e diziam mal de coisas em geral e em particular porque era isso que se fazia nos anos sessenta em Coimbra. Muito diferente do que se faz agora que é morrer de tédio e sofrer em geral. Aquilo vinha tudo nuns fascículos que se compravam em lojas clandestinas entre a Duque d’Ávila e a João Crisóstomo ainda dum homenzinho do tempo do regime. Muito amigo do Cardeal Cerejeira, segundo o próprio gostava de dizer, claramente a embandeirar em arco depois de passar o dia a encanar a perna à rã. A banda desenhada acabou por evoluir para um vampiro que se fez atropelar de propósito por um carro (o que as pessoas em Coimbra fazem para não ir trabalhar) para ficar de cama no hospital a levar transfusões porque o que custava não era viver, mas sim saber viver. Para mim, mergulhem-me numa panela de favas com farinheira com um pires de amêijoas a boiar. E imperiais. Muitas imperiais.
a spoonful weighs a ton
O que eu gostava era ter um primo índio que, um dia, se separaria da mulher, aparecia aqui à porta de casa e eu teria de interromper tudo o que estava a fazer com um "é só um minuto que vou instalar o apache".
Subscrever:
Mensagens (Atom)