sexta-feira, 28 de dezembro de 2012
i am made of chalk
Há álbuns inteiros do Alva Noto que deixam de se ouvir com a perda de audição.
can't stand it
A Monica Bellucci a jogar Dungeons & Dragons dava um bom modelo de dados.
sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
half
A casa por trás da casa dos bicos devia-se chamar casa do dedo no cu.
lost to the lonesome
Hoje a sopa do dia é Canesten, vulgo creme de tomate.
quinta-feira, 20 de dezembro de 2012
gangster of love
Era tão hipster que quando via as fotos de infância só gostava do primeiro álbum.
quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
misty
O fim do mundo é sexta e eu com roupa na lavandaria.
sábado, 15 de dezembro de 2012
less than human
Era fixe que a fusão de freguesias libertasse neutrões.
quinta-feira, 13 de dezembro de 2012
ends of the earth
I'll take a picture of my salary, hopefully it'll last longer.
terça-feira, 11 de dezembro de 2012
the book lovers
Há poucas coisas mais inteligentes que uma contagem decrescente. Tentaram lançar um foguete com uma contagem crescente e ainda lá estão.
domingo, 9 de dezembro de 2012
mercury blues ii
I just saw a camel toe so big, I think it was actually hitchhiking.
quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
bang bang
Ir ao Chalé das Canas e poder dizer que se está no Faro Este.
normal song
O Zé Pedro chama palheiro ao estojo das drogas. Pois é lá que procura as agulhas.
hollywood forever cemetery sings
Ir ao chinês e apagar a luz do quarto: às vezes mais vale não saber o que se está a comer.
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
tiago capitão
O que eu gostava mesmo era de fazer encomendas online e depois o site dizia "is that an order?".
terça-feira, 4 de dezembro de 2012
segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
from the blade of my love
Acho que tive uma banda chamada ADD.
sábado, 1 de dezembro de 2012
beyond capitalism
a gente:D
Nasci há muitos, muitos anos. Não numa galáxia distante, mas aqui ao lado. Como quem vai pela Casal Ribeiro e corta na segunda à esquerda em direção ao Arco do Cego. Há mais de dois acordos ortográficos atrás. Ainda “água” se escrevia com pH e as mulheres estavam remetidas às tarefas para que Deus (que, tirando os pretos e os indianos, não erra) as criou e designou: fazer o comer, limpar a cozinha e trazer uma cervejinha quando um gajo está ocupado com coisas importantes como é jogar FIFA online que não dá para meter em pause. Não tive grande sorte quando os dados foram lançados. Sou parco de inteligência, vocabulário, cultura, personalidade, alheado da realidade e socialmente inapto. Safam-se as mãos e um IMC espetacular que devia mandar fazer um pin só para o efeito visual. Se vierem perguntar (não vêm) se alguma destas coisas me preocupa, direi que não. Preocupa-me sim buracos na parte de trás das meias e sapatos novos. Em conjunto ou em separado. Porque faz bolhas se um gajo tiver de andar muito a pé e, como se sabe, quando um gajo não conta andar muito a pé é quando tem de o fazer, por qualquer razão, por ser Deus a foder-nos por pontapés nos colhões que um gajo mandou no secundário para ser aceite pelos colegas só porque era o único que não tinha um skate. E, como um passeio ou mesmo a vida, não é um simples jogo de escondidas, um gajo não pode simplesmente “rebentar a bolha”. No próximo número, espero ter patrocínios para estas tiradas de humor do bom que só ficam bem e avolumam, por si só, o número de leitores que cofia a barba e diz: “homessa, Juvenal, com essa é que me fodeste”. Disfarço da maneira que sei e que fui aperfeiçoando. Com citações de contracapa de enciclopédia, de dobras interiores de capas de papel dos livros que existe sobre a capa rija monocromática como uma manta de lã sobre uma vítima de violação ainda à chuva pouco depois da polícia chegar ou de opiniões ouvidas em análises feitas na televisão quando o telejornal dá no intervalo da bola e que se apegarão aos cérebros mais reduzidos e criarão, no mínimo, a dúvida nos de média dimensão e que acharão um “a hegemonia do ambiente político estende o alcance e a importância dos procedimentos normalmente adotados” a última Coca-Cola do deserto. Assim sendo, e não obstante tudo o que foi escrito acima, há uma coisa que me continua a fugir à compreensão. Como é que há mulheres que não engolem e, no entanto, comem caracóis. Felizmente e até hoje, posso dizer que nunca andei com miúdas que não gostassem de caracóis.
Nasci há muitos, muitos anos. Não numa galáxia distante, mas aqui ao lado. Como quem vai pela Casal Ribeiro e corta na segunda à esquerda em direção ao Arco do Cego. Há mais de dois acordos ortográficos atrás. Ainda “água” se escrevia com pH e as mulheres estavam remetidas às tarefas para que Deus (que, tirando os pretos e os indianos, não erra) as criou e designou: fazer o comer, limpar a cozinha e trazer uma cervejinha quando um gajo está ocupado com coisas importantes como é jogar FIFA online que não dá para meter em pause. Não tive grande sorte quando os dados foram lançados. Sou parco de inteligência, vocabulário, cultura, personalidade, alheado da realidade e socialmente inapto. Safam-se as mãos e um IMC espetacular que devia mandar fazer um pin só para o efeito visual. Se vierem perguntar (não vêm) se alguma destas coisas me preocupa, direi que não. Preocupa-me sim buracos na parte de trás das meias e sapatos novos. Em conjunto ou em separado. Porque faz bolhas se um gajo tiver de andar muito a pé e, como se sabe, quando um gajo não conta andar muito a pé é quando tem de o fazer, por qualquer razão, por ser Deus a foder-nos por pontapés nos colhões que um gajo mandou no secundário para ser aceite pelos colegas só porque era o único que não tinha um skate. E, como um passeio ou mesmo a vida, não é um simples jogo de escondidas, um gajo não pode simplesmente “rebentar a bolha”. No próximo número, espero ter patrocínios para estas tiradas de humor do bom que só ficam bem e avolumam, por si só, o número de leitores que cofia a barba e diz: “homessa, Juvenal, com essa é que me fodeste”. Disfarço da maneira que sei e que fui aperfeiçoando. Com citações de contracapa de enciclopédia, de dobras interiores de capas de papel dos livros que existe sobre a capa rija monocromática como uma manta de lã sobre uma vítima de violação ainda à chuva pouco depois da polícia chegar ou de opiniões ouvidas em análises feitas na televisão quando o telejornal dá no intervalo da bola e que se apegarão aos cérebros mais reduzidos e criarão, no mínimo, a dúvida nos de média dimensão e que acharão um “a hegemonia do ambiente político estende o alcance e a importância dos procedimentos normalmente adotados” a última Coca-Cola do deserto. Assim sendo, e não obstante tudo o que foi escrito acima, há uma coisa que me continua a fugir à compreensão. Como é que há mulheres que não engolem e, no entanto, comem caracóis. Felizmente e até hoje, posso dizer que nunca andei com miúdas que não gostassem de caracóis.
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