sexta-feira, 26 de abril de 2013
northern lights
Gostava que o Jerónimo de Sousa comesse o Paulo Portas só para o ouvir dizer "há um comunista dentro de mim".
mansion on the hill
Um dia eu hei-de ser atendido por um chinês da Beira Baixa a quem poderei pedir queijo dizendo: "queijo, amarelo da Beira Baixa!".
quinta-feira, 25 de abril de 2013
enfilade
Era fixe que o Arménio Carlos dissesse que se chamava apenas Carlos e que vinha da Arménia e que tudo tinha sido um mal-entendido.
segunda-feira, 22 de abril de 2013
hit the plane down
Tenho as unhas dos pés tão grandes que, se fosse àqueles sítios onde as pintam, saía de lá com meio Guernica.
sexta-feira, 19 de abril de 2013
easy way down
A cura para a solidão pode ser a companhia das sandes.
quinta-feira, 18 de abril de 2013
o convite
O Nilton é como as impressoras de agulhas. Faz exatamente o mesmo mas sem qualidade nenhuma.
dissolved
O tamanho do objeto que se carrega é proporcional à comichão no nariz.
infamous
O preto não ficava nada bem à Heidi Klum.
take my bones away
A seguir ao almoço dá-me sempre uma moleza. Ainda não consegui foi identificar que almoço.
quarta-feira, 17 de abril de 2013
alone
Devia haver uma equipa italiana chamada Areeiro e uma vez por época haveria um Roma-Areeiro.
terça-feira, 9 de abril de 2013
that's on me
Lavar a casa toda com um daqueles champôs que dão volume e alugá-la como duplex.
quinta-feira, 4 de abril de 2013
i get by
Se o Robert Diggs se dedicasse aos laticínios, podia produzir queijo de RZA.
quarta-feira, 3 de abril de 2013
dangerous minds
O meu umbigo gera tanto cotão que só precisava de alguém com um que gerasse pauzinhos de plástico para entrarmos no negócio das cotonetes.
segunda-feira, 1 de abril de 2013
soul and sound
a gente:D:D
O meu amigo favorito da escola chamava-se João. Ou Bruno. Ou lá o que era. Morava a caminho de Odivelas, mas não era bem Odivelas, era só a caminho e depois cortava-se por uma estrada em terra, não porque ainda não houvesse alcatrão, mas porque ali eram todos pobres e os construtores de estradas não gostam nada de pobres nem de pato com laranja mal aviado, para umas casas em cimento e tijolo à vista, também por desleixo, e um largo, com umas árvores de folha caduca, que não era um largo que toda a gente sabe que são, no pior dos casos, ovais, mas sim um quadrado que acabava em esquina e ainda tinha um coiso que enrolava por uma fonte mais seca que todos os ovários da casa de repouso de São José e as casas por dentro eram tão pequeninas que as camas eram ao alto e as pessoas tinham de ir dormir em avançados de oleado a não ser que fossem muito pequeninas, enfezadas e subnutridas, como o eram na maioria, e tinha alcatifa daquela que não é colada ao chão porque se via mesmo que não tinham dinheiro para comprar cola daquela de colar alcatifa ao chão e ficava assim com uns altos que uma pessoa tinha mesmo vontade de meter um pé em cima e a bolha de alcatifa apenas ia para outro lado, como fazem as mulheres quando eu as interpelo em geral mas sem a parte do gás pimenta. Era daqueles miúdos com um cheirinho a atraso que ainda não era considerado deficiente mas via-se assim só de olhar ao longe que não estava tudo bem por ali e já se apostava que, mais ano, menos ano, iria chumbar pois nem somar castanhas o pobre diabo era capaz. Uma vez até deu castanhas negativas e ainda hoje alguns de nós somos afligidos por problemas metafísicos profundos derivado a esta situação. O muco acumulava-se-lhe, amiúde, no nariz em forma de bola que escorria depois para cima do queque que comia a meio da manhã porque, apesar de meio deficiente, também era pessoa que sofria de alguma larica. Não sei porque éramos amigos. Provavelemente por sermos os dois refugo. Ele em geral, eu na personalidade e na cara. Um dia, dois de nós queriam entrar na sala e outros dois, o João ou Bruno ou lá o que era, incluído, forçavam a porta do interior. O resultado foi o dedo do João ficar entalado na porta e *nic* foi cortado pela base, caindo direitinho qual casca de amendoim do lado de fora da sala. Por momentos, dois de nós que contassem pelos dedos, contariam até vinte e um. Os outros ficariam-se pelos dezanove. É praticamente a diferença correspondente a ter um dual core em vez dum pentium.
O meu amigo favorito da escola chamava-se João. Ou Bruno. Ou lá o que era. Morava a caminho de Odivelas, mas não era bem Odivelas, era só a caminho e depois cortava-se por uma estrada em terra, não porque ainda não houvesse alcatrão, mas porque ali eram todos pobres e os construtores de estradas não gostam nada de pobres nem de pato com laranja mal aviado, para umas casas em cimento e tijolo à vista, também por desleixo, e um largo, com umas árvores de folha caduca, que não era um largo que toda a gente sabe que são, no pior dos casos, ovais, mas sim um quadrado que acabava em esquina e ainda tinha um coiso que enrolava por uma fonte mais seca que todos os ovários da casa de repouso de São José e as casas por dentro eram tão pequeninas que as camas eram ao alto e as pessoas tinham de ir dormir em avançados de oleado a não ser que fossem muito pequeninas, enfezadas e subnutridas, como o eram na maioria, e tinha alcatifa daquela que não é colada ao chão porque se via mesmo que não tinham dinheiro para comprar cola daquela de colar alcatifa ao chão e ficava assim com uns altos que uma pessoa tinha mesmo vontade de meter um pé em cima e a bolha de alcatifa apenas ia para outro lado, como fazem as mulheres quando eu as interpelo em geral mas sem a parte do gás pimenta. Era daqueles miúdos com um cheirinho a atraso que ainda não era considerado deficiente mas via-se assim só de olhar ao longe que não estava tudo bem por ali e já se apostava que, mais ano, menos ano, iria chumbar pois nem somar castanhas o pobre diabo era capaz. Uma vez até deu castanhas negativas e ainda hoje alguns de nós somos afligidos por problemas metafísicos profundos derivado a esta situação. O muco acumulava-se-lhe, amiúde, no nariz em forma de bola que escorria depois para cima do queque que comia a meio da manhã porque, apesar de meio deficiente, também era pessoa que sofria de alguma larica. Não sei porque éramos amigos. Provavelemente por sermos os dois refugo. Ele em geral, eu na personalidade e na cara. Um dia, dois de nós queriam entrar na sala e outros dois, o João ou Bruno ou lá o que era, incluído, forçavam a porta do interior. O resultado foi o dedo do João ficar entalado na porta e *nic* foi cortado pela base, caindo direitinho qual casca de amendoim do lado de fora da sala. Por momentos, dois de nós que contassem pelos dedos, contariam até vinte e um. Os outros ficariam-se pelos dezanove. É praticamente a diferença correspondente a ter um dual core em vez dum pentium.
so long, lonesome
Tenho um casaco tão impermeável que uma vez caí ao rio e ele mudou de curso.
the only moment we were alone
A cera dos ouvidos devia ter cores diferentes para um gajo saber que phone vai em que ouvido.
easter
Uma tarde inteira de "The Walking Dead" é como ir ver os avós ao lar.
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