Um gajo normal (branco, heterossexual e ateu - duma minoria portanto) deixa de poder fazer piadas sobre os outros que não sejam também normais. Só às escondidas e baixinho depois de olhar por cima do ombro a ver se vem lá algum preto, já que os judeus (menos na altura da moda do pin da estrelinha - hoje é o pin dos Ramones que está na moda, não entre os judeus mas entre as pessoas que gostam de achar que estão na moda, tipo eu mas sem o pin dos Ramones, até porque eu não gosto de bandas com menos elementos vivos que os Beatles) e os paneleiros não são reconhecíveis à distância (a não ser quando têm de carregar o hemorróidas num saco de plástico).
Um preto vai aos prémios da mtv e faz todo o tipo de insinuações de como as pilas dos brancos parecem uma almôndega, do porquê de todos os pretos serem ladrões, porque é que se diz que forem eles que inventaram a sida e porque é que quando as pessoas vêem um preto a correr pensam logo: "já roubou alguma coisa",... não pode é ter apontamentos de como os judeus são uns porcos com a mania da perseguição nem porque é que os paneleiros preferem alheiras a enchidos de porco. Por outro lado, os judeus podem fazer todo o tipo de piadas sobre as contas de gás do reich, "se ouvisse mais Wagner saía da ópera e invadia a Polónia", sobre circuncisões, sobre o porquê de os pretos não poderem ser circuncidados e das consequências directas para as indústrias das facas e dos curtumes. Os paneleiros ficam com a fatia mais fraca. Fazem piadas sobre malas e sapatos de marca e todas essas paneleirices que os paneleiros gostam de se apaneleirar com.
Quando se nasce com pack completo o humor deixa de ter limites. A não ser que se nasça fufa. Porque toda a gente sabe que as fufas não têm sentido de humor. Mesmo que sejam pretas ou judias. Ser fufa é o elemento absorvente do humor.
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3 comentários:
cultura geral ó :|
confirmo.
genial é conseguir responder a um post um minuto antes de ele ser publicado.
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