Tromba rija
Nem queria escrever sobre este sítio mas neste dia comi mais variedade de enchidos que a Elsa Raposo numa semana, e que me caia aqui um bocadinho de algodão se isto for mentira. E alguns deles eram pretos. Nada que a Elsa Raposo não conheça. Seria uma pena deixar uma frase destas apenas na minha cabeça que, eventualmente, se perderia como... lágrimas... hum... na... chuva. Vá, sim eu sei. É plágio. But everyone is doing it. Não me processes nem me dês pauladas, Miguel Sousa Tavares. Estou só a brincar. Eu até gosto do Porto. E temos tanto em comum. Eu também fumo. Também seria uma pena deixar uma frase destas apenas na minha cabeça que, eventualmente, se perderia como... lágrimas... hum... na... chuva. Vá, sim eu sei. É plágio. But everyone is doing it. Não me processes, Clara Pinto Correia. Mas se quiseres bate-me. Com chicotes e cenas de cabedal e correntes e isso.
A cena é que tinha as expectativas muito elevadas. É como quando comprei o meu casaco de pele novo. Faz imenso calor nas noite amenas de Setembro, mas marca a diferença entre um gajo chegar a casa sozinho ou acompanhado. E as manchas de suor são facilmente disfarçadas se se meter o braço de fora a caminho de casa (Nota sobre o uso de casacos de pele: nunca conduzir de casaco de pele vestido. A não ser que se seja taxista, o que é obrigatório para obter a licença.) Só que depois as gajas ficam a pensar “ina meu, este gajo deve ser alta máquina na cama”, por causa do casaco, não do suor. E eu depois demoro tanto tempo quanto leva a ler esta frase. Esta que estava a sublinhado, não a anterior, nem a actual. Mas um casaco de pele faz, na boa, 92% do trabalho à noite. O resto é conversa. E eu como não tenho conversa além de telemóveis, cabos de computador, rabos e jogos de computador, precisava mesmo dum casaco assim. Um gajo pode ser o maior burgesso da cidade mas ao menos consegue gajas e dá descanso à Playstation e ao gigagalleries. É bom que instalem um anti-virus e um antispyware antes de carregar no link. Digo isto depois, porque assim enterram-se como eu. Às vezes esqueço-me de apagar a cache e quando vou a escrever g de Google no browser aparece assim alta lista de cenas que vi durante um segundo (não as vi durante um segundo, aparecem é durante um segundo. Como diria o Octávio Machado: “vocês sabem do que eu estou a falar”). O suficiente para gerar conversas de corredor. Tenho a dizer que, uma vez, estava eu em casa de uma pessoa que não vou divulgar o nome, e ponho-me a ver dos filmes que estão no cinema. Carrego no p, para escrever publico.pt, para ir ao cinecartaz. Na altura ainda não sabia a cena de cor. E não é que a primeira cena que aparece é penisenlargement.com? Nunca contei isto a ninguém. Mas conto-te agora a ti. Vê lá. Não espalhes.
Passando ao restaurante, que no fundo é disso que se trata, era mais ou menos. Esperava bem mais. Pelo nome apenas. Porque não conhecia quem tivesse lá ido. Os enchidos eram muito bons mas acabaram depressa. E, para falar de enchidos que acabam depressa, estou em casa. E quebrei a regra do “não comas nada que dê para meter esperma lá dentro e disfarçar bem” e comi leite-creme. Estava maravilhoso. E eu nunca usei a palavra maravilhoso até agora. O resto era assim mais ou menos. Apesar do vinho ter mandado um estalo que até fui a Santos. E é preciso um gajo estar com um “granda” estalo para ir a Santos de livre vontade. Eu, em épocas de fodesespero (fui eu que inventei, é a contracção de foder e desespero), admito que procurei lá conforto algumas vezes (para que não me acusem de plágio – agora é moda, tenho a dizer que esta frase é vagamente inspirada no The Boxer do Paul Simon). Dá para comer até se ficar maldisposto, mas nada de vomitar que o sítio é caro. Dá para levar tupperwares e levar cenas para casa. Dá para fazer sandes para comer a meio da noite. Dá para roubar garrafas. E há gajas muita boas. Metade com chulos, metade com tansos que não sabem como as arranjaram e nem sabem lidar com máquinas daquelas caso consigam levá-las para casa – é como aqueles mecânicos nas oficinas todos cagados de óleo e com o fato-macaco aberto até ao umbigo e que quando vêm um gajo entrar num descapotável fazem-se logo ao carro a ver se conseguem dar uma volta nem que seja aqueles 10 metros que separam a entrada da oficina do lugar onde se arranjam os carros - e a terceira metade na nossa mesa. E vocês sabem do que estou a falar. Não me processes, Octávio Machado.
É em Santos que as pessoas deixam de acreditar em Deus mas passam a acreditar em Darwin. As feições da maioria das pessoas de Santos são jungle-like. Mas tenho também a dizer, para depois não dizerem que eu só sei dizer mal e que não me divirto, como aquele tipo que escreve no Público e que não me lembro do nome (depois venho cá pôr esta cena bem – Vasco Pulido Valente. Obrigado, Pedro), que vi alguns dos melhores rabos da minha vida. E atenção que a minha colecção de pornografia é das melhores da Europa. E não sou eu que digo. Houve uma votação no final do ano passado e eu e um tipo da República Checa ficámos empatados no 2º lugar. Um dia volto lá. Talvez daqui a outros 15 anos. A culpa não foi minha, foi do whisky. E toda a gente sabe que um gajo sob o efeito do whisky não pode ser culpado de nada. A não ser que coma a irmã. Ou apanhe uma coima no comboio para a Coina. Também tinha de usar isto. Uma frase tão boa não se poderia perder como... lágrimas... hum... na... chuva. Vá, sim eu sei. É plágio.
Tromba rija - :)
:O~ <- ao nível das cantinas em particular e da do Técnico em geral
:O <- cabelos na comida e sarro nos talheres
:| <- restaurantes Ana Malhoa - um gajo até lá vai, se não houver mais nada
:) <- restaurantes Alexandra Lencastre – um gajo, há uns anos, até lá ia e era bom – agora é mais o hábito
:D <- daqueles que um gajo pede o cartãozinho
:D~ <- comidinha da avó
terça-feira, 14 de novembro de 2006
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10 comentários:
Grande crónica chefe! Tou a pensar arrranjar um casaco de pele...se bem que agora é um coto marroquino/turco usar essas merdas. Mas se as gajas ainda curtem...
isso foi melhor do que ver aquela Russa a aproveitar para comer tudo o que podia antes de seguir para o castigo.
Grande abraço
é por causa destas merdas que eu tenho saudades de lisboa...
"Do caralho!" Como se diz ali no convento carmelita de São Domingos de Rana sempre que o padre lá vai confessar. Continua.
Já agora, a sequência de letras que tive de copiar para poder deixar este comentário era "qaxpo." Recomendo que comecemos todos a partilhá-las com a comunidade. Porque é giro.
Só lá faltava o Kramer com a bengala e seu Technicolor jacket...
Fonixxxx...granda crónica esse teu pensamento...Mas tá muito fixe e essa da Elsa Raposo foi mesmo na muche, ai se foi!! Mas falemos de gajas, há quanto tempo não metes uma abaixo?! Pois já imaginava né...há totil, buéeesss...mas n seja por isso caralho, vai à minha tenda k é inauguração e aproveitas e além de gajas tb podes pôr as cartas à bontadinha...
Sem dúvida que este se trata de um texto muito fofinho...
essa tromba ja foi mais rija... admito
ja ca nao vinha ha uns meses porque estou a estudar na checa, e aproveito para dizer que esta ideia dos restaurantes e a melhor cena do mundo... e as piadas estao no auge do seu requinte porcalhao. Parabens, ja me matou as saudades de casa.
Eh lá, um criticas sem gozares com markl?!? Estás parvo ou quê?
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