"Tu, Pero Coutinho, serras. Tu, Manuel Coelho, pregas. Tu, Nuno da Cunha, envernizas".
Ismael vendo que não lhe atribuíam trabalho, perguntou: "E eu, Fernão Mendes, pinto?"
segunda-feira, 31 de março de 2008
sexta-feira, 28 de março de 2008
death of a ladies man
Consta que o Pedro Mexia já comprou bilhete para o Cohen. Aposto que a meio do concerto vai tirar o soutien e mandá-lo para o palco enquanto grita: "ilaviuleonard".
michelle
Felizmente puseram os Crunch na fila de cima dos chocolates, lá no café do meu trabalho. É que, como sou gago, tinha sempre de pedir um Nestlé, dos vermelhos, embora me apetecesse mesmo um Crunch. Agora basta dizer "um desses, dos da fila de cima".
egging
Porque é que se diz omeleta e não oveleta?
quarta-feira, 26 de março de 2008
o coração das trevas
Não me lembro de um único momento e felicidade genuína na vida. Tive 'glimpses' desta felicidade em dois momentos. No Verão de 89 quando o tipo que partilhava o quarto comigo me disse, de uma maneira completamente não homossexual, “meu (ainda se usava o 'meu'), tens uma pila fixe, em termos de tamanho”, e em 2007 quando o Tello marcou aquele livre ao Porto. Infelizmente o Tello não pode estar sempre a marcar livres e o G. não sei onde está.
Nas escolas dos ricos não se brincava a quase nada. Das poucas vezes que propus brincar aos índios e cobóis fui olhado com desconfiança e indignação. Fui ao conselho directivo. Passei as quartas à tarde a limpar as mesas. Segundo eles, “os índios não existiam” e a terra acabava ali pouco depois de Vila Franca de Xira onde só havia um abismo e a condenação eterna. Ainda tentei argumentar que o Porto, como equipa, também não existe, é uma invenção dos media. Mas não resultou. Como invejava os tipos da Lumiar I, que tinham pretos na escola e podiam brincar aos assaltos na linha de Sintra, ou os do Colégio Alemão que brincavam à invasão da Polónia, ou os do colégio judeu que brincavam ao Holocausto , nos intervalos do almoço, e às câmaras de gás nos intervalos pequeninos, para despachar, ou os da secundária de Chelas que brincavam aos polícias e ladrões, com polícias de verdade. Nós tínhamos apenas uma construção em madeira com um pau ao meio para deslizar. Da primeira vez tive medo. E fingi que gostava mesmo de estar lá em cima. Era lixado porque também tinha medo das alturas. Depois toparam e foram chamar a Esperança, que era vigilante e a primeira mulher que vi sem soutien (o que não contou porque estava a queimar-se nos mamilos com o faiscador), e ajudou-me a descer. O Seiça gostava de descer naquele pau mas depois confessou que era o atrito “lá em baixo” que tornava o processo tão bom. Depois tivémos uma bola furada que era fixe para marcar os livres em jeito, que a mim doíam-me os pés de mandar biqueiros. Tínhamos de a dividir por quatro turmas. Era nossa às segundas o dia todo e às sextas de tarde. Eu ia à baliza ou a defesa. Porque era “muito bom a atrapalhar”, segundo o Jorge, que me tratava por “Canina” e um dia me partiu o coração quando disse: “hoje não vou poder andar contigo. Vou ouvir a bola”. Era uma quarta-feira e o Sporting jogava para as competições europeias com um clube qualquer que aprendi a odiar. Quando se tem oito anos, isto marca-nos como quando se tem vinte e nos dizem “não és tu, sou eu”. O Jorge tinha uma daquelas coisas de limpar o suor nos pulsos. Do ténis. Fedia a esterco. Enojava-me. Mas o Jorge jogava bem futebol e por isso tive de deixar que me limpasse também o suor quando jogámos contra a 3ª classe.
Felizmente mudei de escola no ano seguinte. Julguei que era desta que ia ser feliz mas os computadores repeliam as miúdas. O Spectrum ainda não tinha webcam e messenger para se poder adicionar miúdas dos Açores e de Santo António dos Cavaleiros que se despem com duas ou três linhas de conversa. Não. Antes os computadores metiam nojo às miúdas. Só quando já era tarde é que percebi. A minha empregada, a que cheirava mal, até dizia “os seus (nós) ficam em casa. É ao contrário do meu que passa o tempo na rua”. Na rua é que se esfolam joelhos e se infectam feridas e se cospe nos velhos que passam debaixo das pontes. Eu até revistas comprava. Cada vez que saía um jogo bom, levava-a para a escola para mostrar ao Careca que tinha sempre os melhores jogos (constava que o pai estava cheio de pasta por causa dum negócio qualquer com pudins) e quando não tinha inventava. Dois deles marcaram-me. Um que nunca vi e outro que nunca entrou. O “Past, present and future”, que não usava teclas. O Spectrum dele tinha um botão especial onde carregava e ditava ordens ao computador através de um buraquinho. “Em inglês ou em português?” - perguntei eu. “Em português, claro” - disse ele antes de picar a bola para alguém. O Careca não jogava nada. Mas era muito bom a centrar, a picar a bola e a correr os mil metros. Foi a primeira pessoa que ouvi a dizer “pica, pica”, mas o tipo centrou em jeito, alguém cortou para canto e perdeu-se um bom momento de futebol. Constava que o Careca tinha genes do Gabriel Alves, da parte do pai – que um dia foi lá à escola aviar num nhonhó que era colega do Gustavo e que pregou uma rasteira ao Careca que foi com a cara de rojo meio corredor. Até a Rata, que era professora de francês, ia levando na tromba - mas nunca se provou nada (da parte do Gabriel Alves, porque a Rata a quase levar na tromba vi eu com estes olhos que a terra há-de comer). Quando fui a casa dele, o buraco desapareceu. Tinha ido para arranjar. Só o buraco. Era um buraco de desencaixar, segundo disse. E uma desculpa qualquer que não sabia onde estava o jogo impediu-me de o jogar e esmagou-me o maior sonho dos 10 anos. Mais tarde, constava que tinha folhas de Excel com as equipas todas da primeira e da segunda divisões onde anotava os resultados dos jogos entre elas e fazia previsões e conhecia pessoalmente jogadores como o Marlon Brandão, o Bobó, o Éder Bonfim e um brasileiro com o enigmático nome de “Sujeito”. Hoje acredito que seja uma pessoa bem sucedida e viva na Portela onde vai ao sábado comer os croissants com chocolate do centro comercial com o mesmo nome.
Tentei, depois, ser amigo do Domingos que tinha “mil e não sei quantos jogos” e o “Paradise Café”. Os detractores do Domingos diziam que ele não sabia jogar futebol, que “só tinha era pastilho”. Mas eu não. Eu acreditava nele. O Domingos passava-me a bola em pleno jogo, escolhia-me para a equipa dele antes da Marta Sofia, uma das que viu a pila ao Cachucho (quando ele ainda não era Cachucho mas simplesmente João Miguel), convidava-me para ir a casa dele onde havia cigarros e cerveja. O Domingos já tinha fumado e apalpou a Madalena na festa de anos dela, quando estava escuro. Eu também lá meti a mão mas acho que apalpei o Chinês que era um tipo que gostava que lhe mexessem por dentro das calças na parte “que até sabia bem”. Tinha uma namorada (o Domingos, não o Chinês) que “ficava muito bem de óculos e ainda melhor sem eles” e era inglesa e ele falava espanhol. Uma vez até disse a um tipo de uma loja em Madrid “vai para la mierda”, segundo me contou, na casa de banho ao pé do refeitório onde um tipo mais velho que eu me acusou de estar a “bater à punheta”. Isto foi em alturas diferentes, não foi enquanto o Domingos me dizia “sim, porque tu sabes que eu falo muito bem espanhol”. Na altura julguei que uma punheta fosse um instrumento qualquer. Tipo um pífaro, mas verde e com um sobe e desce em baixo alterar os tons. Ainda assim achei que alguma coisa não fazia sentido. Quase tanto como quando o Luís Filipe, que ditava as regras do que é que valia mais em termos de gestos, me disse que “esticar o dedo do meio já não era o que valia mais”, agora era esticar os cinco dedos da mão na horizontal. Isso até vencia o espelho, que era mostrar a palma da mão a quem nos esticasse o dedo do meio, porque reflectia. Eu, que acreditava sempre em tudo, estiquei os cinco dedos a um gajo da 4ª classe e ele não me fez nada e foi-se embora. Senti que tinha ganhado (não me chateiem. Existe que eu já perdi uma aposta por causa disto). Por agora, pelo menos.
O Domingos pedia-me as revistas emprestadas e eu dizia que não. Achava que era uma boa técnica para sermos amigos. Aposto que ele pensava “se eu sou dos fixes e ele não me empresta as revistas à primeira é porque secalhar ele ainda é mais fixe que eu”. Quase que fomos amigos mas depois ele chumbou. E as pessoas que chumbavam metiam-me nojo. E mais um coração partido.
Usei esta técnica anos mais tarde com as miúdas. Queria que pensassem que se não lhes ligava era porque devia ter qualquer coisa. Mas não funcionou. Depois tentei a do olhar fixamente até incomodar. Resultava às vezes mas acho que era porque pensavam que eu as devia conhecer. Um dia quando uma me virou costas e a minha mãe foi chamada à escola, deixei de usar. Ou era isso ou comprimidos para a libido. Hoje sei que as gajas cheiram rebarbados que só querem foder à distância. Não querem foder à distância. Querem foder ao perto. As miúdas é que os cheiram à distância. Aos rebarbados, como eu. E isso mete-lhes nojo. A mim também mete mas não posso fazer nada. Quando me aumentarem, irei procurar ajuda. “Senhor doutor, estou doente. Ajude-me a sentir isso do amor. Isso de correr nos campos de girassóis e ser bom. Isso de não se querer foder todas as miúdas com que me cruzo na rua”. Hei-de sentir o que é isso do amor. Parece que quando se sente o amor e se vai ao cu, não dói.
A partir dos catorze começaram as cenas com as miúdas e o meu coração foi esmagado e pontapeado por essa rua amarga que é a vida. Nunca mais tive um momento de felicidade. Até ao Tello. Mas como diz o Cláudio Ramos, “se magoa é porque está duro e a vida só é dura para os moles”.
Como sempre fui muito exagerado, bloqueei. Quando quero uma coisa, levo-a até ao fim. E hoje tenho um buraco negro no lugar do coração.
Nas escolas dos ricos não se brincava a quase nada. Das poucas vezes que propus brincar aos índios e cobóis fui olhado com desconfiança e indignação. Fui ao conselho directivo. Passei as quartas à tarde a limpar as mesas. Segundo eles, “os índios não existiam” e a terra acabava ali pouco depois de Vila Franca de Xira onde só havia um abismo e a condenação eterna. Ainda tentei argumentar que o Porto, como equipa, também não existe, é uma invenção dos media. Mas não resultou. Como invejava os tipos da Lumiar I, que tinham pretos na escola e podiam brincar aos assaltos na linha de Sintra, ou os do Colégio Alemão que brincavam à invasão da Polónia, ou os do colégio judeu que brincavam ao Holocausto , nos intervalos do almoço, e às câmaras de gás nos intervalos pequeninos, para despachar, ou os da secundária de Chelas que brincavam aos polícias e ladrões, com polícias de verdade. Nós tínhamos apenas uma construção em madeira com um pau ao meio para deslizar. Da primeira vez tive medo. E fingi que gostava mesmo de estar lá em cima. Era lixado porque também tinha medo das alturas. Depois toparam e foram chamar a Esperança, que era vigilante e a primeira mulher que vi sem soutien (o que não contou porque estava a queimar-se nos mamilos com o faiscador), e ajudou-me a descer. O Seiça gostava de descer naquele pau mas depois confessou que era o atrito “lá em baixo” que tornava o processo tão bom. Depois tivémos uma bola furada que era fixe para marcar os livres em jeito, que a mim doíam-me os pés de mandar biqueiros. Tínhamos de a dividir por quatro turmas. Era nossa às segundas o dia todo e às sextas de tarde. Eu ia à baliza ou a defesa. Porque era “muito bom a atrapalhar”, segundo o Jorge, que me tratava por “Canina” e um dia me partiu o coração quando disse: “hoje não vou poder andar contigo. Vou ouvir a bola”. Era uma quarta-feira e o Sporting jogava para as competições europeias com um clube qualquer que aprendi a odiar. Quando se tem oito anos, isto marca-nos como quando se tem vinte e nos dizem “não és tu, sou eu”. O Jorge tinha uma daquelas coisas de limpar o suor nos pulsos. Do ténis. Fedia a esterco. Enojava-me. Mas o Jorge jogava bem futebol e por isso tive de deixar que me limpasse também o suor quando jogámos contra a 3ª classe.
Felizmente mudei de escola no ano seguinte. Julguei que era desta que ia ser feliz mas os computadores repeliam as miúdas. O Spectrum ainda não tinha webcam e messenger para se poder adicionar miúdas dos Açores e de Santo António dos Cavaleiros que se despem com duas ou três linhas de conversa. Não. Antes os computadores metiam nojo às miúdas. Só quando já era tarde é que percebi. A minha empregada, a que cheirava mal, até dizia “os seus (nós) ficam em casa. É ao contrário do meu que passa o tempo na rua”. Na rua é que se esfolam joelhos e se infectam feridas e se cospe nos velhos que passam debaixo das pontes. Eu até revistas comprava. Cada vez que saía um jogo bom, levava-a para a escola para mostrar ao Careca que tinha sempre os melhores jogos (constava que o pai estava cheio de pasta por causa dum negócio qualquer com pudins) e quando não tinha inventava. Dois deles marcaram-me. Um que nunca vi e outro que nunca entrou. O “Past, present and future”, que não usava teclas. O Spectrum dele tinha um botão especial onde carregava e ditava ordens ao computador através de um buraquinho. “Em inglês ou em português?” - perguntei eu. “Em português, claro” - disse ele antes de picar a bola para alguém. O Careca não jogava nada. Mas era muito bom a centrar, a picar a bola e a correr os mil metros. Foi a primeira pessoa que ouvi a dizer “pica, pica”, mas o tipo centrou em jeito, alguém cortou para canto e perdeu-se um bom momento de futebol. Constava que o Careca tinha genes do Gabriel Alves, da parte do pai – que um dia foi lá à escola aviar num nhonhó que era colega do Gustavo e que pregou uma rasteira ao Careca que foi com a cara de rojo meio corredor. Até a Rata, que era professora de francês, ia levando na tromba - mas nunca se provou nada (da parte do Gabriel Alves, porque a Rata a quase levar na tromba vi eu com estes olhos que a terra há-de comer). Quando fui a casa dele, o buraco desapareceu. Tinha ido para arranjar. Só o buraco. Era um buraco de desencaixar, segundo disse. E uma desculpa qualquer que não sabia onde estava o jogo impediu-me de o jogar e esmagou-me o maior sonho dos 10 anos. Mais tarde, constava que tinha folhas de Excel com as equipas todas da primeira e da segunda divisões onde anotava os resultados dos jogos entre elas e fazia previsões e conhecia pessoalmente jogadores como o Marlon Brandão, o Bobó, o Éder Bonfim e um brasileiro com o enigmático nome de “Sujeito”. Hoje acredito que seja uma pessoa bem sucedida e viva na Portela onde vai ao sábado comer os croissants com chocolate do centro comercial com o mesmo nome.
Tentei, depois, ser amigo do Domingos que tinha “mil e não sei quantos jogos” e o “Paradise Café”. Os detractores do Domingos diziam que ele não sabia jogar futebol, que “só tinha era pastilho”. Mas eu não. Eu acreditava nele. O Domingos passava-me a bola em pleno jogo, escolhia-me para a equipa dele antes da Marta Sofia, uma das que viu a pila ao Cachucho (quando ele ainda não era Cachucho mas simplesmente João Miguel), convidava-me para ir a casa dele onde havia cigarros e cerveja. O Domingos já tinha fumado e apalpou a Madalena na festa de anos dela, quando estava escuro. Eu também lá meti a mão mas acho que apalpei o Chinês que era um tipo que gostava que lhe mexessem por dentro das calças na parte “que até sabia bem”. Tinha uma namorada (o Domingos, não o Chinês) que “ficava muito bem de óculos e ainda melhor sem eles” e era inglesa e ele falava espanhol. Uma vez até disse a um tipo de uma loja em Madrid “vai para la mierda”, segundo me contou, na casa de banho ao pé do refeitório onde um tipo mais velho que eu me acusou de estar a “bater à punheta”. Isto foi em alturas diferentes, não foi enquanto o Domingos me dizia “sim, porque tu sabes que eu falo muito bem espanhol”. Na altura julguei que uma punheta fosse um instrumento qualquer. Tipo um pífaro, mas verde e com um sobe e desce em baixo alterar os tons. Ainda assim achei que alguma coisa não fazia sentido. Quase tanto como quando o Luís Filipe, que ditava as regras do que é que valia mais em termos de gestos, me disse que “esticar o dedo do meio já não era o que valia mais”, agora era esticar os cinco dedos da mão na horizontal. Isso até vencia o espelho, que era mostrar a palma da mão a quem nos esticasse o dedo do meio, porque reflectia. Eu, que acreditava sempre em tudo, estiquei os cinco dedos a um gajo da 4ª classe e ele não me fez nada e foi-se embora. Senti que tinha ganhado (não me chateiem. Existe que eu já perdi uma aposta por causa disto). Por agora, pelo menos.
O Domingos pedia-me as revistas emprestadas e eu dizia que não. Achava que era uma boa técnica para sermos amigos. Aposto que ele pensava “se eu sou dos fixes e ele não me empresta as revistas à primeira é porque secalhar ele ainda é mais fixe que eu”. Quase que fomos amigos mas depois ele chumbou. E as pessoas que chumbavam metiam-me nojo. E mais um coração partido.
Usei esta técnica anos mais tarde com as miúdas. Queria que pensassem que se não lhes ligava era porque devia ter qualquer coisa. Mas não funcionou. Depois tentei a do olhar fixamente até incomodar. Resultava às vezes mas acho que era porque pensavam que eu as devia conhecer. Um dia quando uma me virou costas e a minha mãe foi chamada à escola, deixei de usar. Ou era isso ou comprimidos para a libido. Hoje sei que as gajas cheiram rebarbados que só querem foder à distância. Não querem foder à distância. Querem foder ao perto. As miúdas é que os cheiram à distância. Aos rebarbados, como eu. E isso mete-lhes nojo. A mim também mete mas não posso fazer nada. Quando me aumentarem, irei procurar ajuda. “Senhor doutor, estou doente. Ajude-me a sentir isso do amor. Isso de correr nos campos de girassóis e ser bom. Isso de não se querer foder todas as miúdas com que me cruzo na rua”. Hei-de sentir o que é isso do amor. Parece que quando se sente o amor e se vai ao cu, não dói.
A partir dos catorze começaram as cenas com as miúdas e o meu coração foi esmagado e pontapeado por essa rua amarga que é a vida. Nunca mais tive um momento de felicidade. Até ao Tello. Mas como diz o Cláudio Ramos, “se magoa é porque está duro e a vida só é dura para os moles”.
Como sempre fui muito exagerado, bloqueei. Quando quero uma coisa, levo-a até ao fim. E hoje tenho um buraco negro no lugar do coração.
segunda-feira, 24 de março de 2008
basin street blues
Mais vazio que a minha carteira só mesmo a minha lista de contactos no Facebook. É que na conta ainda tenho um euro e trinta e seis cêntimos.
how to disappear completely
Estou a tornar-me perito a espalhar-me em bares. Estou também a tornar-me perito a sair por cima. Depois de me espalhar de costas, em câmara lenta, consegui dizer "então isto é assim que se faz, se quiserem que repita estão à vontade".
domingo, 23 de março de 2008
wicked world
Os cães cheiram-se no cu e sabem logo se são amigos para a vida. Nós temos de perder centenas de horas e consumir milhares de litros de álcool para chegarmos à mesma conclusão.
sábado, 22 de março de 2008
13 blues for thirteen moons
A cena com o desporto é que aquilo cansa.
quinta-feira, 20 de março de 2008
one too many mornings
Ele: "Pá, mas vê lá, não contes a ninguém".
Eu: "Sabes bem que sou um túmulo. Se quiseres peço uma carta de recomendação à minha avó que é uma autoridade no assunto visto estar dentro de um".
Eu: "Sabes bem que sou um túmulo. Se quiseres peço uma carta de recomendação à minha avó que é uma autoridade no assunto visto estar dentro de um".
quarta-feira, 19 de março de 2008
anticipation
O Stevie Wonder veio cá ao blog e entrou em blackout.
segunda-feira, 17 de março de 2008
para teres o arco-íris, tens de levar com a chuva
"Pedro Mexia é o novo subdirector da Cinemateca", in Público
E as pessoas ainda dizem que ele não passa de um grande par de mamas.
E as pessoas ainda dizem que ele não passa de um grande par de mamas.
domingo, 16 de março de 2008
too drunk to fuck #5
Ela: "Arranjas-me um cigarro?"
Eu: "Repara bem nesta pele. Achas mesmo que fumo?"
Eu: "Repara bem nesta pele. Achas mesmo que fumo?"
too drunk to fuck #4
Ela: "Como é que deixaste de fumar?"
Eu: "Nunca mais acendi cigarros".
Eu: "Nunca mais acendi cigarros".
too drunk to fuck #3
Ouvi um preto a dizer "a vida está preta" e só me apeteceu dizer-lhe "a vida está clara, preto és tu".
too drunk to fuck #2
A chegar ao Marquês:
Ela: "O túnel está aberto".
Eu: "Sim. O pai já trata de ti".
Ela: "O túnel está aberto".
Eu: "Sim. O pai já trata de ti".
too drunk to fuck #1
Um bom dealer deve garantir tanto a qualidade do produto como que este veio apenas no cu de um gaja boa.
segunda-feira, 10 de março de 2008
o meu novo cv
Conhecimentos de Informática:
Programação:
Pascal
C
C#
Python
XML
Web development:
ASP.NET
PHP
(X)HTML
CSS
Javascript
AJAX
Django
Bases de dados:
MSSQL Server
MySQL
Recordes no Minesweeper:
Principiante: 10 segundos
Intermédio: 65 segundos
Especialista: 132 segundos
Experiência variada em:
IRC (quando não era comercial)
Messenger
Ver vídeos no Redtube
Downloads vários do Soulseek
Fazer refresh no Rapidshare para sacar o Lost
Programação:
Pascal
C
C#
Python
XML
Web development:
ASP.NET
PHP
(X)HTML
CSS
Javascript
AJAX
Django
Bases de dados:
MSSQL Server
MySQL
Recordes no Minesweeper:
Principiante: 10 segundos
Intermédio: 65 segundos
Especialista: 132 segundos
Experiência variada em:
IRC (quando não era comercial)
Messenger
Ver vídeos no Redtube
Downloads vários do Soulseek
Fazer refresh no Rapidshare para sacar o Lost
domingo, 9 de março de 2008
behind the grey
Ele: "O Stevie Wonder meteu os álbuns todos disponíveis na net".
Eu: "Eu sempre disse que ele não tinha olho para o negócio".
Eu: "Eu sempre disse que ele não tinha olho para o negócio".
discos pedidos ii
John Rambo
O coração das trevas
No meio das paisagens bucólicas e pastoris da Birmânia existe um coração maior que o mundo. Porque há coisas que nunca mudam. John Rambo não resiste a um pedido de ajuda. Venha ele duma loira da Igreja Ortodoxa Envangelista do Sétimo Dia ou de um birmanês sem uma perna. “Então mas o Nélson joga na Birmânia?”. Sim, digou eu. Faz lá uns biscates, nos tempos livres. E o governo de lá é assim mais ou menos como o Paulo Paraty. Finge que não vê para depois ter direito a uns pneus recauchutados e uns garrafões de vinho tinto.
John Rambo está reformado. Sabemos que está mudado. Percebe-se quando se ouve a música do Rambo I tocada numa bucólica e pastoril flauta de pã. Tem um bote (bucólico e pastoril), com um telhado de colmo, apenas bucólico. Faz pesca desportiva com um panamá cor de amêndoa, apenas pastoril, apanha cobras com as mãos for the fun of it e vende-as a um tipo que faz umas cenas que não se percebe bem e que um gajo pensa “vê-se mesmo que isto era mesmo só para meterem o Rambo a apanhar cobras com as mãos”, vive pacífica e bucolicamente nas paisagens pastoris da Birmânia. Está em paz, uma paz pastoril e algo bucólica. Com ele próprio, com o mundo, com o Coronel Trautman. Isso de fazer “coisas à Rambo” era dantes. Era como na escola. Quando se ia “à Rambo” fodia-se logo. “Fostes à Rambo fodestes-te”, dizia o Chico. O Sacana uma vez “foi à Rambo” ao Cão e levou com um saco de ginástica na fronha e ficou sem dois dentes da frente. Ou quando o Barroso, que era surdo e uma vez a Almôndega que era professora de português lhe perguntou “és surdo ou quê?”, nos levou a fazer paintball a todos (isto antes de ele e o Seiça se tornarem inimigos porque o Seiça foi operado ao cu e quando ainda tinha os pontos foi apanhado a mexer no estojo do Barroso que lhe “foi à Rambo” com um biqueiro na peida que lá foram os pontos e depois teve de andar com um penso higiénico masculino durante o terceiro período – ou um european menstrual pads, como se diz na América) ali ao pé de Sintra e eu estava sempre a perder porque estava sempre a ir “à Rambo”. “Ir à Rambo” nunca era coisa boa. É só para quem sabe. Só o Rambo sabe ir à Rambo, and gets away with it. Talvez o Chuck Norris também vá à Rambo. Ou se calhar vai só à Chuck Norris. Mas ir à Chuck Norris nunca pegou. Quando muito um roundhouse kick. Mas isso de ir ir ir é só mesmo à Rambo.
O Rambo, no início, está-se meio a cagar. E diz coisas como “go home” ou “fuck the world”. Mas há uma réstia de bondade. Como havia no Darth Vader e até mesmo no Vasco Pulido Valente. Se se olhar bem de perto. Com um microscópio. E um tubo daqueles de fazer cenas com o esperma e óvulos e isso como se vê naquelas notícias sobre ejaculação precoce ou clonagem. Passa-se ainda algum tempo antes de encarnar a personagem. Primeiro são uns que aparecem e estão assim meio com cagufa de mandar uns tiros e um gajo topa logo. Mas o Rambo aparece com um arco e uma flecha e avia logo uns seis birmaneses de metralhadora. Sem grande esforço. Just keeping it cool. Os outros que estavam assim meio cagados começam a ver que o Rambo afinal é mesmo o que fez o Rambo I, até porque um deles é chinês e os chineses são assim meio cagões. Gostam é de chips e de bukkake. Consta que havia uma actriz americana que espalhava esperma todas as noites na cara porque achava que ajudava a manter a pele jovem. Já tentei convencer algumas miúdas disto, mas sempre em vão.
A cena de se ser velho é fodida. Eu se pudesse nunca seria velho. De me enrugar e ficar tipo o Kevin Costner que depois um gajo vai ao cinema e diz: “meu, isto era a cara do Kevin Costner ou era uma sandes de atum embrulhada em papel de alumínio com uma etiqueta a dizer Kevin Costner porque depois ele podia não gostar de maionese e eles vão todos à praia e marcaram as sandes para depois não terem de estar a desembrulhar e a afastar as fatias de pão para ver qual é a de quem”. Ou com a pele dos braços pendurada e a escorrer e a poder ficar presa nas portas dos elevadores com vontade de chegar lá e passar a ferro e prender com uma mola e esperar que se aguente. Ou então ter de usar ligaduras daquelas que não servem de nada a não ser para meter as veias e as varizes para dentro e evitar que expludam no Minipreço, na Loja do Cidadão ou na Segurança Social.
Mas se chegar aos sessenta espero chegar como o Rambo. Um gajo olha e diz “nada mau, for an old fart”. É estrangeiro. Significa “nada mau, para um peido velho”. É mais uma maneira de insultar velhos. Tenho-lhes cá um pó.
Depois juntam-se todos em grupo, como os escuteiros mas sem os calçõezinhos homossexuais e vão pelo meio da selva a cantar e a dançar até ao acampamento dos maus.
Como isto se passa lá num daqueles países onde é tudo barracos de palha e o comer é sempre arroz embrulhado em folhas de árvore e gajas sem soutien, tipo Gaia mas sem os fatos de treino, e que um gajo vê e pensa “what the fuck?”, num mapa provavelmente inventado ali a seguir à fronteira da Turquia e do Canadá, um bocadinho a sul de Paris, há sempre um tipo com uns Ray Ban que vai e decide matar toda a gente. Ter uns Ray Ban é um free pass para muitas coisas. Um gajo mesmo que apanhe o filme a meio olha e vê logo que o tipo dos Ray Ban é que manda naquilo tudo. Não é cá um chapéu ou umas estrelas. Eu cá, a ser morto a tiro, só mesmo por um tipo que transpirasse coolness com uns Ray Ban, mas ou aqueles de aviador ou outros mas duma colecção fixe.
Depois há daquelas cenas que costumam acontecer nesses países para essa zona, e em Gaia, absinto e violações em grupo. E depois quando se vai a ver já eles fugiram todos. E vão atrás deles num jipe e de Ray Ban, mas quer-me parecer que já não é o mesmo tipo que usa os Ray Ban no início. Distraí-me por momentos e perdi-me na complexidade do enredo. Depois tem uma parte muito bonita de luz, música e cor com muitos tiros e muitos membros a serem despegados de corpos de chineses ou birmaneses ou pessoas de Gaia que se perderam a caminho do “shopping”. Com o Rambo no cimo de uma colina bem pastoril montado numa metralhadora daquelas que um gajo pode comprar e meter assim num jipe a dar cabo dos birmaneses que faltam, que também não eram assim tantos porque o orçamento era reduzido e quer-me parecer que alguns deles morreram várias vezes.
No fim, percebe-se que ele é capaz de ter deslocado o ombro. Com o esforço. Afinal foi uma hora e meia de cenas à Rambo. E termina com um maravilhoso plano-sequência do John Rambo a percorrer o trilho de terra que o leva a casa do pai. Um enigmático R. Rambo.
John Rambo - :)
:O~ <- vómito (filmes tipo AI, Matrix 2 e 3)
:O <- filmes “preferia ter gasto a guita em cerveja, droga ou cigarros”
:| <- filmes “naquela”
:) <- filmes médio-fixe ou “nice”
:D <- filmes “cum gajo até acha que coiso e tal e diz aos outros para irem ver”
:D~ <- filmes que “sim senhoras”
O coração das trevas
No meio das paisagens bucólicas e pastoris da Birmânia existe um coração maior que o mundo. Porque há coisas que nunca mudam. John Rambo não resiste a um pedido de ajuda. Venha ele duma loira da Igreja Ortodoxa Envangelista do Sétimo Dia ou de um birmanês sem uma perna. “Então mas o Nélson joga na Birmânia?”. Sim, digou eu. Faz lá uns biscates, nos tempos livres. E o governo de lá é assim mais ou menos como o Paulo Paraty. Finge que não vê para depois ter direito a uns pneus recauchutados e uns garrafões de vinho tinto.
John Rambo está reformado. Sabemos que está mudado. Percebe-se quando se ouve a música do Rambo I tocada numa bucólica e pastoril flauta de pã. Tem um bote (bucólico e pastoril), com um telhado de colmo, apenas bucólico. Faz pesca desportiva com um panamá cor de amêndoa, apenas pastoril, apanha cobras com as mãos for the fun of it e vende-as a um tipo que faz umas cenas que não se percebe bem e que um gajo pensa “vê-se mesmo que isto era mesmo só para meterem o Rambo a apanhar cobras com as mãos”, vive pacífica e bucolicamente nas paisagens pastoris da Birmânia. Está em paz, uma paz pastoril e algo bucólica. Com ele próprio, com o mundo, com o Coronel Trautman. Isso de fazer “coisas à Rambo” era dantes. Era como na escola. Quando se ia “à Rambo” fodia-se logo. “Fostes à Rambo fodestes-te”, dizia o Chico. O Sacana uma vez “foi à Rambo” ao Cão e levou com um saco de ginástica na fronha e ficou sem dois dentes da frente. Ou quando o Barroso, que era surdo e uma vez a Almôndega que era professora de português lhe perguntou “és surdo ou quê?”, nos levou a fazer paintball a todos (isto antes de ele e o Seiça se tornarem inimigos porque o Seiça foi operado ao cu e quando ainda tinha os pontos foi apanhado a mexer no estojo do Barroso que lhe “foi à Rambo” com um biqueiro na peida que lá foram os pontos e depois teve de andar com um penso higiénico masculino durante o terceiro período – ou um european menstrual pads, como se diz na América) ali ao pé de Sintra e eu estava sempre a perder porque estava sempre a ir “à Rambo”. “Ir à Rambo” nunca era coisa boa. É só para quem sabe. Só o Rambo sabe ir à Rambo, and gets away with it. Talvez o Chuck Norris também vá à Rambo. Ou se calhar vai só à Chuck Norris. Mas ir à Chuck Norris nunca pegou. Quando muito um roundhouse kick. Mas isso de ir ir ir é só mesmo à Rambo.
O Rambo, no início, está-se meio a cagar. E diz coisas como “go home” ou “fuck the world”. Mas há uma réstia de bondade. Como havia no Darth Vader e até mesmo no Vasco Pulido Valente. Se se olhar bem de perto. Com um microscópio. E um tubo daqueles de fazer cenas com o esperma e óvulos e isso como se vê naquelas notícias sobre ejaculação precoce ou clonagem. Passa-se ainda algum tempo antes de encarnar a personagem. Primeiro são uns que aparecem e estão assim meio com cagufa de mandar uns tiros e um gajo topa logo. Mas o Rambo aparece com um arco e uma flecha e avia logo uns seis birmaneses de metralhadora. Sem grande esforço. Just keeping it cool. Os outros que estavam assim meio cagados começam a ver que o Rambo afinal é mesmo o que fez o Rambo I, até porque um deles é chinês e os chineses são assim meio cagões. Gostam é de chips e de bukkake. Consta que havia uma actriz americana que espalhava esperma todas as noites na cara porque achava que ajudava a manter a pele jovem. Já tentei convencer algumas miúdas disto, mas sempre em vão.
A cena de se ser velho é fodida. Eu se pudesse nunca seria velho. De me enrugar e ficar tipo o Kevin Costner que depois um gajo vai ao cinema e diz: “meu, isto era a cara do Kevin Costner ou era uma sandes de atum embrulhada em papel de alumínio com uma etiqueta a dizer Kevin Costner porque depois ele podia não gostar de maionese e eles vão todos à praia e marcaram as sandes para depois não terem de estar a desembrulhar e a afastar as fatias de pão para ver qual é a de quem”. Ou com a pele dos braços pendurada e a escorrer e a poder ficar presa nas portas dos elevadores com vontade de chegar lá e passar a ferro e prender com uma mola e esperar que se aguente. Ou então ter de usar ligaduras daquelas que não servem de nada a não ser para meter as veias e as varizes para dentro e evitar que expludam no Minipreço, na Loja do Cidadão ou na Segurança Social.
Mas se chegar aos sessenta espero chegar como o Rambo. Um gajo olha e diz “nada mau, for an old fart”. É estrangeiro. Significa “nada mau, para um peido velho”. É mais uma maneira de insultar velhos. Tenho-lhes cá um pó.
Depois juntam-se todos em grupo, como os escuteiros mas sem os calçõezinhos homossexuais e vão pelo meio da selva a cantar e a dançar até ao acampamento dos maus.
Como isto se passa lá num daqueles países onde é tudo barracos de palha e o comer é sempre arroz embrulhado em folhas de árvore e gajas sem soutien, tipo Gaia mas sem os fatos de treino, e que um gajo vê e pensa “what the fuck?”, num mapa provavelmente inventado ali a seguir à fronteira da Turquia e do Canadá, um bocadinho a sul de Paris, há sempre um tipo com uns Ray Ban que vai e decide matar toda a gente. Ter uns Ray Ban é um free pass para muitas coisas. Um gajo mesmo que apanhe o filme a meio olha e vê logo que o tipo dos Ray Ban é que manda naquilo tudo. Não é cá um chapéu ou umas estrelas. Eu cá, a ser morto a tiro, só mesmo por um tipo que transpirasse coolness com uns Ray Ban, mas ou aqueles de aviador ou outros mas duma colecção fixe.
Depois há daquelas cenas que costumam acontecer nesses países para essa zona, e em Gaia, absinto e violações em grupo. E depois quando se vai a ver já eles fugiram todos. E vão atrás deles num jipe e de Ray Ban, mas quer-me parecer que já não é o mesmo tipo que usa os Ray Ban no início. Distraí-me por momentos e perdi-me na complexidade do enredo. Depois tem uma parte muito bonita de luz, música e cor com muitos tiros e muitos membros a serem despegados de corpos de chineses ou birmaneses ou pessoas de Gaia que se perderam a caminho do “shopping”. Com o Rambo no cimo de uma colina bem pastoril montado numa metralhadora daquelas que um gajo pode comprar e meter assim num jipe a dar cabo dos birmaneses que faltam, que também não eram assim tantos porque o orçamento era reduzido e quer-me parecer que alguns deles morreram várias vezes.
No fim, percebe-se que ele é capaz de ter deslocado o ombro. Com o esforço. Afinal foi uma hora e meia de cenas à Rambo. E termina com um maravilhoso plano-sequência do John Rambo a percorrer o trilho de terra que o leva a casa do pai. Um enigmático R. Rambo.
John Rambo - :)
:O~ <- vómito (filmes tipo AI, Matrix 2 e 3)
:O <- filmes “preferia ter gasto a guita em cerveja, droga ou cigarros”
:| <- filmes “naquela”
:) <- filmes médio-fixe ou “nice”
:D <- filmes “cum gajo até acha que coiso e tal e diz aos outros para irem ver”
:D~ <- filmes que “sim senhoras”
ai que vida!
A vantagem de se ser o Stevie Wonder é poder jogar ao quarto escuro a meio do dia de janelas abertas.
sexta-feira, 7 de março de 2008
23
E o que é que o tijolo disse para o cimento?
Tens de ser um bocadinho mais concreto.
Tens de ser um bocadinho mais concreto.
chick habit
Ele: "Meu, qual é a diferença entre a Polícia e a Polícia Municipal?"
Eu: "É que a Polícia Municipal é inútil a nível municipal".
Eu: "É que a Polícia Municipal é inútil a nível municipal".
quarta-feira, 5 de março de 2008
soul to waste
Ela: "Já reparaste que no reflexo nas colheres ficamos ao contrário?"
Eu: "Ficas bonita?"
Eu: "Ficas bonita?"
domingo, 2 de março de 2008
sticky fingers
Ela: "E quando formos velhos e já não formos felizes?"
Eu: "Podemo-nos sempre embebedar e ouvir um bom álbum de rock n'roll".
Eu: "Podemo-nos sempre embebedar e ouvir um bom álbum de rock n'roll".
lions
Ele: "Estava ali a checkar aquelas miúdas".
Eu: "És como a República".
Ele: "A República?"
Eu: "Sim, a República Checa".
Eu: "És como a República".
Ele: "A República?"
Eu: "Sim, a República Checa".
sunchild
Soube que não queria nada com ela quando me disse: "O filme dos Coen? Esse não foi aquele que ganhou quatro Surfistas Prateados?".
heavy black frame
Depois do quinto shot de whisky o Stevie Wonder disse: "Já não vejo nada".
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