sábado, 31 de outubro de 2009

shadows fall

Os palmiers são uma espécie de Cláudio Ramos, vai tudo para o rabo.

puzzle ii

Objectivos de vida:
- acordar numa floresta, atado a uma árvore com um post it na testa a dizer "da próxima vez escolhe a mulher doutro gajo para comeres".
- arranjar objectivos de vida.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

les bonbons

Espero nunca fazer cordão humano com uma vítima de talidomida.

mijn vlakke land

O meu primo tem gota mas não sabe se há-de ir ao médico ou se instala um algeroz.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

smile when you smile

Sempre que o Jorge Palma se queima alguém desfaz um cigarro.

ego death

Odeio pessoas em geral e em particular.

a jeun

O Oráculo de Belfos nunca tinha a sssertessa de nada.

la... la... la...

When God closes a door, Bill Gates opens a Window.

group dancers

A Sofia Aparício nunca dá moedas aos arrumadores para lhe deixarem riscos no carro.

vesoul

Gosto do sorriso "então mais logo no IPO?" que o pessoal do meu trabalho faz uns aos outros quando vão fumar.

de nuttelozen van de nacht

Andei com uma malabarista daquelas piolhosas que sempre que me tocava nos tomates pedia-me dinheiro para comer.

pretty (ugly before)

A minha vida parece o Kong. Sempre que gosto duma gaja, tem um macaco entre nós.

ostriches & chirping

O Pac Man anda a fazer terapia para deixar os fantasmas para trás.

out of our minds

Na minha lápide quero escrito:

1.anq............1902120001
2.god.............506138091

song with orange

Cancro é das poucas palavras que rima com "morte lenta e dolorosa que vai deixar a tua família devastada".

far wells, mill valley

Quando tens cancro sabes sempre o que fazer ao cabelo. Deitá-lo no lixo.

old blues for walts

A parte boa da quimioterapia é não ser preciso quem te segure no cabelo quando vais vomitar.

black comedy

O que nos separa é teres SIDA e este vidro que mandei instalar.

ecclusiastics

Não acho graça nenhuma à pedofilia. A não ser que esteja a dar uma boa sitcom por trás.

peggy's blue skylight

Hei-de ter cancro onde ainda ninguém teve. Em ti.

caramel prisoner

Há gente muito mal agradecida. Já paguei jantares e cinemas por um broche e há crianças que os conseguem de borla e ainda lhes dão um rebuçado.

wonder milky bitch

Não compreendo a pedofilia, mas isso sou eu que gosto de discutir filosofia a seguir a vir-me.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

baby gonna leave me

Até o creme hidratante me irrita.

cretin hop

O meu amigo preto e a empresa do meu tio estão sempre a mudar de ramo.

jam on a monday morning

Nunca percebi essa cena de o Universo ser Uno. Se fosse Uno, tinha avariado 6 meses depois de ser criado.

dealer

Coerência é a minha prima Rosa ser colhida por um comboio.

easter krunk power

Cancro é grave. Colher aguda. Mágoa esdrúxula.

i only said

A gravidade do cancro depende da sua massa, como qualquer outro objecto.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

take the coltrane

Tic-tac faz o meu relógio de cuco e a Heather Mills num soalho de madeira.

hey garland, i dig your tweed coat

A Heather Mills é uma merda no braço-de-ferro mas um ás na perna de plástico.

i didn't know what time it was

A Heather Mills, mesmo antes de comprar casa, já tinha um segundo andar.

2001, a space odyssey

Não é a vida que corre mal, é a Heather Mills.

billets doux

A minha vida é tão miserável que é patrocinada pela UNICEF.

ou es-tu, mon amoure

Drama a sério é o "King Lear". Cancro é apenas uma doença.

bit n run

O meu primo queria ser cremado, mas depois do acidente de mota contra o rail, achámos melhor enrolá-lo em arroz e tiras de alga kumbu.

the truth hurts, so this should be painless

Os europeus desconheciam as especiarias. Os ciganos desconhecem o gel de banho. As ciganas os minetes.

tempos felice (happy times)

Foi um choque para mim, bater naquele 206 que vinha da esquerda.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

unbalanced pieces

Dá muito mais cana pescar à rede.

death bells

A filha do peixeiro é mesmo mal amanhada.

the seventh proof

Se um dia tiver um filho varão, pendurar-lhe-ei um cortinado.

this charmless man

psychiatric explorations of the fetus with needles

Um dia, hei-de ir àqueles países onde as pessoas vivem nas árvores e hei-de comer uma gaja e não o conseguir pôr de pé, só para dizer "achas que isto cresce nas árvores, não?".

lightning strikes the postman

Não compreendo aquele pessoal que bebe chá. Mas também não compreendo a maioria dos mongolóides.

shape-shifting mountain mover

Um dia levo a minha conta bancária a passear à Suécia. Deve-se dar bem com a temperatura.

eagle talons

A minha avó devia-se achar um dado e quinou.

entering the night on a highway of astral projection

Gosto de jogar a sueca no terraço. Ontem partiu-me a tijoleira.

the law of falling and catching up

Na roleta russa, apostei no preto e saiu vermelho.

arise, her eyes

Tenho tanto azar que me saiu um black jack, no poker.

feelings and things

Tenho tanto azar que consegui quinar um dado numa mesa totalmente plana.

anyone who had a heart

Às vezes, dou por mim a apostar cenas como "aposto que consigo engatar o carro e desligá-lo antes de esta música acabar". Quando consigo, acho mesmo que a vida me vai correr melhor. Quando não consigo, fico naquela "iá, iá, como se isto contasse para alguma coisa".

true love never runs smooth

O meu primo já esteve em muitos sítios. Graças àquele rail, depois do acidente de mota.

it's love that really counts (in the long run)

O preto fica bem com tudo. Isso, encoragem-nos.

murder in the red barn

Consigo explicar quase tudo na minha vida, excepto o que faz um álbum de Radiohead na minha pasta de música.

too many ways

Dói-me a alma quando vejo criancinhas com fome. Ou então são os meus sapatos novos.

she suits me to a tee

Tentei elogiá-la no dia que a hora mudou. Pareces mais nova, tipo, uma hora.

we love to boogie

Não gosto nada de dias com menos uma hora. Quem acham eles que são para me tirarem uma hora onde me podia estar a sentir miserável?

sábado, 24 de outubro de 2009

smoking a thousand cigarettes

Ponteiros dos relógios recuam uma hora. Não sei o que fazer ao relógio digital.

9th & hennepin

Tanta linha e tanta agulha fazem o Zé Pedro lembrar-me a caixa de costura da minha avó.

bride of rain dog

Tenho as unhas dos pés tão compridas que, se fizer o pino, sinto-me o Wolverine.

hang you from the heavens

Cancro nos testículos e a porta do frigorífico aberta pode levar os tomates ao lixo.

last ride

A diferença entre cancro do pulmão e do estômago é, aproximadamente, um palmo.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

why don't you do right (get me some money too)

Nicho de mercado é vender latinhas de grão à porta do Purex.

cannonball express

Já tive um animal de estimação. Era uma posta de salmão chamada Jaime.

on a slow boat to china

O Arnold Schwarzenegger esteve três dias para assinar um cheque.

you came a long way from st. louis

O pedófilo da minha rua é tão tímido que se masturba com nervoso miudinho.

golden earrings

Sempre que vejo o Sporting jogar preparo tudo, as minis, os cigarros e o Prozac.

you turned the tables on me

O Arnold Schwarzenegger, cada vez que escreve o nome correctamente, abraça-se e paga-se um copo.

puzzle i

Gaguez: Há discriminação no acesso ao mercado de trabalho
As pessoas que sofrem de gaguez são discriminadas no acesso ao mercado de trabalho, denunciou hoje o presidente da Associação Portuguesa de Gagos (APG), que pugna pela mudança de mentalidades na sociedade portuguesa.

Objectivos de vida:
- pertencer a uma minoria discriminada. Check!
- comer duas gajas ao mesmo tempo.
- acordar numa floresta, atado a uma árvore com um post it na testa a dizer "da próxima vez escolhe a mulher doutro gajo para comeres".

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

chi-baba chi-baba (my bambino go to sleep)

Quando tens cancro ficas com tendência para ir para a terra. (with kind permission)

big spender

Quando tens cancro, todos os dias são o último domingo de Março.

stuff

A minha vida é uma miséria. Exemplo: fui ao sítio mais longe possível mandar um peido de antologia, as hipóteses de alguém aparecer eram nulas. Apareceu. Fuck my life.

there's a moon in the sky (called the moon)

Os velhos têm muito menos tempo de vida. Seria lógico que fizessem as coisas muito mais depressa. Em especial as compras. Quando eu estou atrás na fila do Continente. À hora de almoço.

robotron

Comprei uma gramática para treinar o meu chinês. Afinal não foi preciso, ele percebe os meus gestos.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

to those born later i & ii (an die nachgeborenen)

Prémio de consolação é perder os primos em 2º grau e ganhar queimaduras de 3º.

la foire

O Aimar é uma espécie de Greg Louganis sem sida.

the persistence of loss

O Zé Pedro e o papel higiénico apenas têm em comum o trabalho de merda e o picotado.

the same boy you've always known

É muito simples acabar com a fome, é só fazer três refeições por dia como eles aconselham. Eu tentei e funciona.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

les remparts de varsovie

Cruzei-me com a vizinha boa mais o cão no elevador. Nos meus sonhos é ela que está de quatro.

les filles et les chiens

As pessoas fazem sempre um drama com o cancro. Mais vale fazê-lo com um actor profissional.

shop 'till you bop

A única altura em que se tem outra tonalidade de preto, é quando há um assalto e alguém diz "foi um preto, claro".

lullaby of birdland

Fiquei todo arrepiado enquanto via um documentário sobre África. Tenho de pedir à Natália que me meta mais um cobertor na cama.

the dark prince

Ninguém me convence que o primeiro quadro do Pollock não foi mais que uma má noite de nachos e tequilla.

nightmare part ii

Não entendo como é que os pobres aguentam passar o Inverno em barracas.

crepuscule with nellie

O meu vocabulário é tão reduzido que quando escrevo arrisco-me a ser preso por atentado ao pudor.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

(when i dance with you) i get ideas

A cena de se brincar com a fome é que ela não faz nada, fica apenas ali sentada a matar crianças do terceiro mundo.

a distorted reality is now a necessity to be free

Se é injustiça uma criança ter cancro, não sei o que chamar ao tipo que me entornou cerveja nos ténis novos.

a fond farewell

Incoerência é um miúdo com cancro comer um Longa Vida.
Coerência é um preto de fato-macaco. (usado com kind permission)

love you to life

A ver se gostam, quando começar a ir aos restaurantes indianos vender manjericos.

in relief

O café do meu tio, em vez de uma luz UV, tem um preto subnutrido numa jaula.

carvel

Não é com vinagre que se apanham moscas. É com pretos subnutridos.

song to sing when i'm lonely

Estou a deixar crescer mosca. Vi um documentário sobre África e é o que se deixa crescer agora à volta da boca.

-00ghost27

Fui jantar a um africano e serviram-me a comida de pára-quedas.

failute 33 object

A pobreza aflige-me a alma. Não entendo como é que alguém pode usar uma camisola que não combina com as calças.

japanese pornstars do it better

Minas e sprints podem deixar-nos sem pernas.

wishful, sinful

A diferença entre o meu leitor de mp3 e o IPO é que o primeiro só tem rádio.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

porgy

Para o Filipe Carvalho, com votos de que não me plagie de novo.

Páris era feliz. Vivia num simpático T2, mobilado na Moviflor, que quase tinha vista para o Sado, não fosse o Tróia Casino Hotel que, além de outras espécies, tinha levado à extinção do mosquito de 5 asas. Único no mundo. No fundo, era apenas um normalíssimo mosquito de 6 asas a quem os miúdos lá da street arrancavam uma sempre que encontravam. Tinha uma relação aberta com a namorada brasileira, Sheila, que arranjava unhas e depilava cus na Cruz de Pau, num cabeleireiro que ainda estava a pagar. Não fazia muito dinheiro porque ninguém naquela zona se depilava muito. Muito menos no cu. Preferiam os gastos de extensas folhas de papel higiénico e um pouco de cu no bidé a seguir a cada caga que mandavam depois do almoço. Era costume peidarem-se nos dedos. Sinal de que a refeição tinha sido boa. Mas para isso, tinham de estar limpos. Ao fim-de-semana, passeavam de mão dada no Fórum Almada. Viam coisas bonitas, em lojas de decoração, que nunca poderiam comprar. Restava-lhes sonhar. Porque o sonho comanda a vida. Assim como o Sr. Gaspar conduzia o autocarro que me levava da escola a casa e, um dia, enganou-se não parou no Lumiar e eu comecei a chorar porque pensava que nunca mais voltaria a casa. Uns diziam que ele era bêbado, mas eu confiava no Sr. Gaspar. Tinham duas filhas. Uma de um anterior casamento de Sheila e outra que tinham encontrado numa férias no parque de campismo da Costa da Caparica, a comer dum saco do lixo. Era preta e gostavam de a pendurar num candeeiro da sala para que fizesse truques em troca de amendoins torrados. Aos domingos até a soltavam na rua. Onde as outras crianças lhe faziam festas e atiravam paus para ela ir buscar assente nos quatro membros. Páris trabalhava com o pai, Príamo, na pesca do pregado, em Tróia. O negócio corria pelo melhor. Um dia, Páris apanhou o ferry e foi a Setúbal comer um arroz de tamboril daqueles que tinha ouvido falar na telefonia. De se lhe tirar o chapéu, diziam. Páris até o prato rapou com meia carcaça que deixou para o fim para esse propósito. Não houve chapéus tirados até porque em Setúbal toda a gente usa fato de treino daqueles da risca branca de lado e fuma SG Ventil desde os quatro anos que marcam logo a cara com rugas profundas e provocam edemas pulmonares que tentam curar com sopas de alho e fatias de mortadela de peru. Foi lá que conheceu Lenita. Ah, Lenita. A mulher mais bela de Setúbal. Lenita, esposa de Menelau, rei das conquilhas e do arroz de tamboril, que a conquistara disputando contra vários outros reis pretendentes, em particular o Rei dos Frangos ali da Alameda das Linhas de Torres como quem vai do Campo Grande para o Lumiar do lado esquerdo e sente, de repente, a fome apertar como umas cuecas novas três números abaixo e os tomates chegam-se para trás e ficam presos entre as pernas e depois é preciso ir lá com a mão para os soltar porque se não colam e ficam trilhados entre as pernas. Até Ulisses, rei das sapatilhas do Seixal, que estava into some serious banging com a namorada, Pénelope, andou lá às voltas a ver se lhe saltava à espinha. Em vão. Lembrou-se de tudo o que sentia quando a mulher lhe sussurou ao ouvido, com aquela voz rouca já queimada pelos cigarros light de contrabando que comprava sempre que ia à Coina, e como ela gostava de ir à Coina, às vezes até ia à Coina com o marido, outras ia o marido sozinho à Coina, a um militar de carreira, "la, la-la-la-la, Ulysses, I've found a new way, I've found a new way, baby". Que é como quem diz, podes-me vir ao cu que eu agora deixo. Mais porque o sentia distante, mesmo quando estava por perto, do que propriamente porque gostava que lhe fossem ao cu. Tinha tentado, quando andava na C+S da Moita. Com o Almiro. Que agora tinha uma empresa de camionagem que operava entre Palmela e Alcochete, mas, segundo constava, o que fazia era lavagem de dinheiro para a máfia de leste. As coisas já não eram como dantes. Se calhar tinham casado demasiado cedo. Mas as noites de gin tónico fazem um gajo fazer coisas daquelas que depois se arrepende, tipo dançar Manowar em vídeo, e o melhor era não ter casado logo. Ah, Lenita, Lenita. O seu cabelo amarelo com dois dedos de raiz escura. As unhas de gel. Um top curto da Bershka. De onde saía um bom bocado de banha com furos mas que “dava jeito para agarrar”, segundo se dizia, um furo no umbigo e um tramp stamp que fazia pandan com o fio dental em T no olho do cu perfeitamente depilado e bleached na clínica de estética que tinha aberto ali ao lado do café do Gonçalves, que servia as melhores tostas mistas de Nossa Senhora da Anunciada a São Julião. Mal se sabia que o Sr. Gonçalves tinha um ingrediente secreto. Um elástico com o qual prendia as duas fatias de pão em volta da pila e se vinha abundantemente. Por cima, um fato de treino 100% polyester azul escuro. A fita de ténis branca na cabeça. Páris, num ataque de loucura que não soube, mais tarde, explicar, meteu-a no seu Fiat Punto amarelo com vidros escurecidos e amortecedores Koni. Instalados na oficina de Nestor que dizia sempre “um dia que queiras vender o carro, não te esqueças deste teu amigo”. Não eram muito amigos. Nem ele estava mesmo interessado no carro. Tinha visto isto num filme e gostava de repetir. Disse-lhe "vou fazer de ti a dama mais happy aqui do state, 'tás a ver?". Lenita não estava, mas sorriu e mostrou um bocado de alface presa num canino. Fez *fssst* *fssst*, com o espelho do lugar do passageiro para baixo, a ver se saía. Não saiu. "Chega aqui ao damo", disse Páris, que lhe lambeu, com amor mas sem tempero, o bocado de alface que teimava não sair. Mastigou ainda, e lembrou-se da infância quando a mãe lhe fazia lentilhas com alface apanhada no quintal que tinham por trás da casa. Girou a chave do bote, ligou a Orbital e partiu em direcção ao Sado. "Chavala, gira mas é aí duns trocos que o bote 'tá quase sem gota". Lenita largou a nota. Nunca tinha visto um homem como Páris. Com as suas Pepe Jeans com bolsos nas pernas e camisa com chamas atrás, aberta até ao umbigo. E o cap da Puma. Atravessaram no ferry. Saíram em Tróia e Páris disse-lhe “you be happy here, biatch”. Ela sabia que sim.
Menelau went berserk. Agamémnom, irmão de Menelau, disse: “sem stress, boi, a gente vai lá e furamos o mano aqui com o chino” e juntou a crew toda lá da street dele para apanharem o ferry das 9:45. Mas Aquiles atrasou-se. Estava a calçar as meias novas da raquete e com o stress todo só calçou uma e os crocs por cima. E claro que perderam o barco por quatro minutos. Pátroclo foi comprar seis birras ali ao super perto do barco. Era mesmo sem stress, era na boa. Agamémnom enrolou uma e fumou quase até começar a cheirar a unha. “Gira lá do fumo, Agaménomeomam... Agaménonmanamna... Agómanomemananmanan, turururu! Manan manam turururu!, coiso”, disse Aquiles. Toda a gente se riu, menos Agamémnom, que já começava a ficar fodido porque nunca ninguém acertava com o nome dele. No bilhete de identidade tinha Aganémona. Na carta de condução Agonámoné. No cartão de contribuinte não tinha nada porque era daqueles que vivia de subsídios e do rendimento mínimo e de tudo o que fossem folhetos que dessem descontos para comprar stuff e bling. E achava que Aquiles fazia de propósito para se enganar ainda mais. Pátroclo chega com as seis birras. “Gira lá dum vidro”, diz Ulisses. E Pátroclo girou. Até porque a bitch do Ulisses era boa e se ele ficasse por lá, Pátroclo ainda ia dar umas voltas com ela. Apesar de gostar muito de costura e passar o dia agarrada ao tear. Entretanto passam uns betos daqueles que deviam ir fazer windsurf para a lagoa de Santo André e Aquiles, para se armar também porque em pequeno era a mãe que lhe dava banho no rio pegando pelas pernas e os outros tinham a mania de gozar com isso, diz “tens um fumante, sócio?” e o beto tira o Marlboro do bolso e faz aquele sorriso que os betos fazem quando estão mesmo para ser assaltados e estica o maço e Aquiles diz “vou ter de te ficar com o maço, puto, porque pode apetecer-me logo” e o beto ia começar a stressar e Pátroclo vem logo por trás a fazer peito nas costas do beto “mas há stress ou quê? Põe-te a andar, sócio. Põe-te a andar ou furo-te todo” e ainda lhe fez assim uma espécie de cafuné daqueles que apetece fazer aos betos que vão no Metro a pentear-se assim para o lado no reflexo das portas. E os betos voltaram para o Mercedes do pai de um deles com os seus chinelos de meter o dedo e os cabelos que começam assim de lado e vão até ao outro lado e fazem assim uma espécie de onda.
Menelau checkou o time que faltava para apanhar o boat e enrolou mais uma. Agamémnom disse “gira lá do fumo, mano” e foi mesmo engraçado porque eles eram realmente irmãos, não era só mano de como os mitras dizem. Mais ou menos do mesmo casamento mas de pais e mães diferentes porque ali na margem sul nunca ninguém sabe quem é pai nem mãe de quem porque gostam todos muito de ejacular. Chegou a hora do boat. Entraram os seis para a parte aberta. Nenhum pagou bilhete e vem logo o pica “méquié, amizades?”. “Mas 'tás a stressar pa quê?”, disse logo Aquiles para se armar de novo. “Olha o cota a mandar estrilho”, disse Agamémnom, “continuas com stress e vou lá a tua casa e fodo o teu pai, a tua mãe, a tua avó, o teu avô e a tua prima, boi, sem stress, caralho, sem stress”. “Mil grau, Aquiles, mil grau”, disse Pátroclo e que já estava a enrolar mais uma e fez aquele sinalzinho de respect.
Eram 10:35 quando o ferry atracou em Tróia. A ida era ao complexo turístico Soltróia. Aí às 11 houve logo um stress entre Agamémnom e Aquiles, mas fumaram mais uma e a coisa acalmou. Páris viu a cena lá do spot dele e vinha-se logo para armar mas viu Menelau e recuou feito caguinchas. Menelau vai e diz “anda lá aqui que ninguém te vai fazer mal”. Mas Páris sabia que sim. Muito mais com Lenita, com Príamo, o boss lá do spot, a vê-los da varanda avançada do complexo turístico Soltróia. E, como assim pensou que não ia voltar a foder Lenita porque ela não curte de mansos, avançou e atirou-se a Páris mas já havia tanto fumo porque a esta hora já toda a gente tinha enrolado uma e estavam a ouvir hip-hop no tijolo de Heitor que a cena acalmou. E vai o Aquiles e pisa o chino de alguém e têm logo todos de ir para o centro de saúde da Comporta onde ainda levou pontos mas estava fixe para andar de skate dali a umas semanas. Páris e Menelau aperceberam-se que a coisa tinha ido longe de mais e concordaram em comer Lenita num major gang bang com direito a cum shot. De manhã, Menelau recuperou a sua esposa, Lenita, e levou-a de volta a Setúbal onde foram todos jantar a um restaurante novo de peixe grelhado e bivalves, que também fazia casamentos e baptizados e já gostavam todos muito uns dos outros e mai' não sei quê, até que, Ulisses, já farto daquilo tudo, vira-se para os outros e diz “screw you guys, i'm going heeeuuume”.

hurtin' soul

O ciclope da minha rua comprou uns Ray-Ban por metade do preço.

come saturday morning

O Jorge Palma é tipo o Sísifo mas com um isqueiro.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

oh, how we danced and you whispered to me, you'll never be going back home

O meu primo foi tão enxovalhado por ter sido enganado pela mulher que se atirou para a linha do comboio onde foi passado a ferro.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

doctor robert

Pegasus, ou como lhe chama o Zé Pedro: heroína com Red Bull.

whisky in church

O Zé Pedro destaca-se por tocar guitarra. Os braços do Zé Pedro destacam-se pelo picotado.

hero of the paper boy

Estive num bar tão roto que até a gripe A apanhou SIDA.

idle talk

Os pretos deviam nascer com entrada USB para lhes instalarem logo um antivírus.

von rechts nach links

Verde a sério seria carros que se movessem a fatias de meloa.

ausspiel

O Hertz evitava a gripe lavando as mãos com frequência.

give my umbrella to the rain dogs

sms dela: vou no eléctrico com o teu maior falhanço.
sms minha: a minha vida?

midtown

O Luke Skywalker sentar-se em cima da mão é uma espécie de incesto.

who could win a rabbit

O Luke Skywalker descasca laranjas com um canivete de luz.

whaddit i done

O amolador da minha rua anda a dedicar-se aos sabres de luz.

finland, finland, finland, the country where i want to be

Estava a fodê-la por trás e qd ela se veio perguntou-me "are you finnish?" e eu respondi "no, i'm portuguese".

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

i didn't know what time it was

Passei a tarde a bater em ceguinhos e tenho a dizer que magoam os nós dos dedos da mesma maneira.

holidays to wales

Nem a minha namorada nem os móveis do Ikea se montam sozinhos.

afternoon pips

Assustador era montar uma sueca e sobrar aquela peça de prender o móvel à parede.

see britain by train

A minha prima lembra-me uma cadeira de rodas. Nunca a vi com um gajo normal.

skies for nash

Por mais avançadas que sejam, as cadeiras de rodas só conseguem deficientes.

i wish i knew

A Finlândia é tão avançada que os mongolóides têm trissomia 24.

all or nothing at all

Na Finlândia faz tanto frio que a cerveja se deve beber antes de arrefecer.

too young to go steady

Há uma primeira vez para tudo, até para acordar no chão de uma cozinha na Odivelas de Helsínquia.

friog

Na Finlândia faz tanto frio que até o gelo congela.

you don't know what love is

Na Finlândia faz tanto frio que aquecem a comida no frigorífico.

say it (over and over again)

Na Finlândia faz tanto frio que aquecemos os pés com latas de cerveja.

my life in about eight words

Putting the rock bottom in rock bottom since 1977.

singapore

Alugo carros na Hertz com frequência.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

see see rider

Quando o deficiente do meu trabalho começa a virar as mãos para fora e a tocar com o indicador no polegar, não sei se lhe deva levar o agrafador ou pôr a tocar o "Walk like an egyptian".

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

she's a hellcat

Os macs são como aquelas gajas demasiado boas. Um gajo fica "wow!", mas depois não sabe onde fica o menu Iniciar.

buffalo 666

A fome é um flagelo e, só por isso, vou almoçar.

the marvelous slut

AIDS, helping you get skinny since 1980.

move your ass

Arrepia-me quando vejo aquele miúdos pretos cheios de moscas. Sabe-se lá onde eles andaram.

traffika

Em África, as skinny jeans são straight boot cut.

love czars

Quando vejo aqueles miúdos pretos com grandes barrigas, acho sempre que lhes deviam dar cintas primeiro e só comida depois.

spaceways theme

O que me arrepia nos pobres é como é que não têm frio com aquelas roupas esburacadas.

either way i lose

Conheci um gajo tão pobre que, quando perdia a carteira, enriquecia.

black is the color of my true love's hair

Nunca brinco com as deficiências dos outros. Metem-me nojo.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

cry you out of my heart

Estavam a falar de cancro e senti-me realmente incomodado. Nunca mais uso cuecas.

chief inspector blancheflower

O cancro é uma cena mesmo estúpida. Por mais que lhe conte anedotas, ele apenas se mantém ali, mergulhado em formol.

cow cow boogie

Parte-se-me o coração quando vejo crianças com cancro na televisão. Não percebo porque não passam em sinal fechado.

asthma attack

Comer a Suzy Quattro de quatro é o mesmo que comer uma Suzy normal de dezasseis.

chilly winds don't blow

Nunca brinco com o cancro do meu avô. Até porque está metido num frasco dentro do armário dos remédios.

as cool as it can get

Paulo Furtado confirmed you as a friend on Facebook...

where or when

Apagar um fogo com um cobertor ou aconchegar o Homem-Tocha é praticamente a mesma coisa.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

eat steak

Às vezes dou por mim a olhar para o infinito e reparo que não passa de um oito deitado.

sábado, 3 de outubro de 2009

she's unreal

O meu avô, desde que tem Parkinson, que assina Äügüstö.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

omegle.com #6

You: hi
Stranger: hi
You: where from?
Stranger: taiwan
You: portugal
You: my mother's artificial heart
You: was made in taiwan
Your conversational partner has disconnected.

well well well

Comecei hoje a arranhar a almofada do gato. O estupor não parece importar-se.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

captain señor mouse

Esperança é ter um filho com trissomia 21 e ir pedir uma 2ª opinião.

quand on n'a que l'amour

Arranjar um táxi. Muito fácil para um mecânico, impossível para um preto.

petootie pie

O que me arrepia no cancro é aquele barulhinho que faz quando as pessoas lhe mexem. Ah, não. Isso é esferovite.

how high the moon

Cancer, helping little children get laid since 1900.

mama, come home

Se eu tivesse lábio leporino comia a sopa directamente da concha.

jim

O lábio leporino deve dar imenso jeito para comer tremoços.

you'll have to swing it (mr. paganini)

Não faço qualquer distinção entre deficientes e pessoas normais. Eles é que têm a mania de vir com as cadeiras de rodas e as varas presas à cabeça.