segunda-feira, 28 de março de 2005

triiim!

O novo código da estrada vai ter multas mais pesadas que terão de ser pagas na altura. Os pobres, como eu, estão fodidos. Embora eu, como sou o melhor condutor de Portugal, nunca tenha sido mandado parar pela Polícia. E isto não é um convite.
Agora até é proíbido falar ao telemóvel no carro. E porquê? Porque um gajo distrai-se e, em vez de estar só a guiar, está a guiar e a falar ao telemóvel. E então é-se (só eu sei correctamente estas conjugações) multado. Mas agora pergunto, e as pessoas que ouvem vozes dentro da própria cabeça? Isso conta também? Dá direito a multa? No fundo é como falar ao telemóvel mas sem gastar dinheiro. É impossível provar onde está a outra pessoa. "Chama-se Mário e vive na caixa de sapatos ao fundo da cama e foi ele que me disse para roubar a faca da cozinha e cortar os dedos dos pés ao vizinho de dois anos e usá-lo para pintar a garagem de vermelho".
E o melhor de tudo é que não dá direito a multa.

quinta-feira, 24 de março de 2005

o cartãozinho de ver os filmes todos que um gajo quiser

Mar adentro – Mar adentro


O dedo que não mexia


Mar adentro é um filme deprimente. Pesado. Assim como aquela da SIDA. Que era assim gorda porque comia muito esparguete e ficou com o esparguete todo colado dentro das bordas do cólon e teve de ser operada e pôr daquelas fitas como o Rambo. Mas no estômago.
É filme para as gajas chorarem e deixarem correr o ranho para aquele buraquinho entre as mamas. E para os paneleiros dizerem uns aos outros: “chorei que nem uma bicha”.
O mais chocante neste filme é como é que um sacana dum paralítico consegue mais gajas que eu? Pá... tudo bem que as gajas curtem gajos em quem possam mandar e poderem ser elas a guiar o carro. Muito mais levá-lo a passear. Porque mesmo que ele não queira ir nada pode fazer a não ser mexer o polegar e estrebuchar como um naco de lombo de porco.
Falamos de um tetraplégico puro. Se ele ainda mexesse um dedo um gajo ainda compreendia que, com tudo o músculo formado por apenas mexer aquele dedo, ele até fosse bom a coçar a crica. Mas nem isso. Só se tiver um grande “jogo de sobrancelhas”. Contrai o sobrolho até uma gaja se vir.
Além dos melhores lugares, de passarem à frente nos empregos, nas filas do supermercado, nas exposições ainda têm acesso às gajas. E pior que tudo, conseguem mais gajas que eu. É verdade que sou capaz de passar semanas em casa de pijama, sem sair, apenas a ver porno e a jogar computador. Mas eu pelo menos “meto os dedos”. Uso o truque na “unha no cu”. Se vier com a pontinha castanha é melhor não entrar pela guarita.

A eutanásia está na moda e dá prémios. Este senhor partiu o pescoço. Ficou numa cama. E agora aparece na televisão, tem gajas aos magotes, escreve um livro, exercita a língua e deveria ser dos melhores espanhóis em termos de minetes. Os espanhóis têm sempre a cena entre o queixo e o lábio inferior sebosa. Das paelhas e dessas comidas gordurosas que fazem questão em comer com as mãos.
No entanto, quer morrer. Eu não tenho gaja, nunca escrevi um livro, embora já tenha fingido que gostava de poesia e de cinema francês da nouvelle vague para comer gajas – e consegui – nunca plantei uma árvore e a única vez que apareci na televisão parecia que tinha capachinho. Mas não quero morrer. Não antes de comer duas gajas ao mesmo tempo e ser conhecido mundialmente, não por isso. Talvez por ser o campeão do mundo de estar em casa a jogar computador e a ver pornografia na net (conferir linhas acima). Ou da escarreta mais comprida daquelas que um gajo deixa ir até ao chão e depois puxa para cima depois de comer um Mars.

Voltando ao filme, para depois não dizerem que não falo dos filmes e que apenas quero mostrar quão bom sou com figuras de estilo. Se pensarem isso estão enganados. Apenas faço isto pelas gajas. Aposto que um dia vou comer duas ao mesmo tempo. E elas terão lido este blog e saberão que o estão a fazer porque eu quero.
Voltando novamente ao filme porque no parágrafo anterior não tinha realmente voltado ao filme. Neste também não. É agora, no próximo.

Então o homem quer-se matar. E claro que consegue. Com a ajuda dos amigos e da televisão. E como? Sabem aqueles homens que vendem aspiradores que filtram o ar e que ninguém precisa mas quase toda a gente acaba por comprar? Assim mesmo. Tanto chateia, chateia, chateia que eles lá cedem para não terem de ouvir mais o paralítico a queixar-se de como é mau comer por uma palhinha ou pintar com um pau na boca. Se forem ao Lux, hão-de reparar que esta última linha agrada a muita gente, especialmente no piso de baixo às 7 da manhã.
O método mais simples seria largá-lo duma ravina numa cadeira de rodas. Ou atravessá-lo na A1. Ou então atiravam-no à água como se fosse um chaço. Não iria, com toda a certeza, ter uma cãimbra na língua como o espanhol que foi campeão dos 100 metros cról nos Jogos Paralímpicos.
Mas não. Precisa da atenção dos amigos. Uuuuhhhh sou tão paralítico. Uuuuhhh preciso tanto da atenção dos meus amigos. Uuuuuuhhhh quero ser filmado até quando morrer.

E mata-se bebendo gasosa.






Mar adentro - :D~

:O~ <- vómito (filmes tipo AI, Matrix 2 e 3)
:O <- filmes “preferia ter gasto a guita em cerveja, droga ou cigarros”
:| <- filmes “naquela”
:) <- filmes médio-fixe ou “nice”
:D <- filmes “cum gajo até acha que coiso e tal e diz aos outros para irem ver”
:D~ <- filmes que “sim senhoras”

estrela da amadora

A espécie humana é a única, neste nosso planeta, que usa papel higiénico para limpar o rego. Com letra pequena (rego e não Rego - porque Rego é uma zona de Lisboa que, ironicamente, vai ter um túnel). E somos os únicos que deixamos uma risquinha castanha na roupa interior. Se calhar por sermos os únicos a usar cuecas. E os gatos? Não usam cuecas, mas têm sempre "a cena" rosadinha. Nem um sacana dum grumilho pendurado, correndo o risco de cair na carcaça com manteiga que está em cima da mesa e sobre a qual passa para lhe fazermos umas festas antes do lanche.
Quem tem cães também nunca viu "o selo redondo" nos estofos do sofá. É verdade que não tenho cães. E tenho os estofos dos sofás em pele no meu apartamento com vista para o Tejo. Sofás em pele significa "vai buscar um papel à cozinha que isso sai".
A verdade é que os gatos não têm pêlos no cu.

ó minha senhora, ela gosta

A primeira coisa que reparo quando um vejo um ciclista com aqueles calções de licra justinhos é no tamanho do inchaço. Já quando fazia natação era a mesma coisa. Para onde olhava era para as pilas durante o duche. E eram todas bem mais pequenas que a minha. Ao contrário, quando estava dentro de água tentava seguir sempre atrás de uma gaja para lhe poder ver os relevos da zona genital ou, com sorte, um bifezito (ou até os dois) a sair para o lado e a dizerem “olá” aqui ao pai. Até pêlos para mim deviam servir. Caso saissem. Nunca aconteceu. Penso que elas topavam esta cena. Também não é coisa que abunde muito isso de gajas boas na natação. As gajas boas não precisam de fazer natação. E as outras estão demasiado ocupadas a comer gelado e a sentirem-se gordas e com pena de elas próprias para se irem enfiar num fato de banho e mostrarem-se ao mundo numa piscina.
E depois aqueles fatos de banho que tapam tudo. Nem decotes de jeito têm. E os bicos mal se percebem porque a água é pouco fria. Foi por isto que deixei a natação. Antes fumar e passar as tardes nas tascas com gordura nas paredes e cheiro a fritos e facas que tanto servem para cortar o queijo como para limpar as unhas do dono.

quarta-feira, 16 de março de 2005

os malucos do riso

E se o Paco Bandeira não fosse opaco?

devia-me ter deitado cedo

Tenho de comprar uns ténis novos. Estes já perderam o efeito de ter gajas a roçarem o clítoris nos joelhos das minhas calças do rock a dizerem “Amorzinho tens uns ténis tão lindos!”. As calças do rock normalmente têm todo o tipo de fluidos. Desde que não sejam fluidos anais masculinos. Pode ser cerveja, whisky, molho vaginal, saliva, molho lubrificante de pila de cão, tabasco, mostarda (desde que tenha estado antes numa bifana), em geral tudo o que faça mal. Quanto mais mal fizer mais “do rock” é. O molho vaginal pode fazer mal no sentido em que alguém inventou que anda aí o vírus da Silva que antes se pegava pelo cu e parece que agora qualquer buraquito serve. É uma maçada.

terça-feira, 15 de março de 2005

pensamento original do dia

Toda a gente gosta de ir ao largo do Rato mas poucos gostam de ir à rata larga.

segunda-feira, 14 de março de 2005

o bom, o mais ou menos e a vilã

Million Dollar Baby – Sonhos vencidos


Puta que pariu


O Clint Eastwood é um gajo velho e enrugado com cenas no pescoço penduradas e textura tipo camurça usada mais de mil vezes. Tem os cotovelos em bico. Os cotovelos envelhecem 5 vezes mais depressa que a pessoa. Os cotovelos do Clint Eastwood têm perto de 400 anos. Têm altinhos e parecem papagaios. E anda como o Charlton Heston. Coxo e desengonçado. E está mais morto do que vivo mas ainda ninguém lhe disse. O Charlton Heston, não o Clint Eastwood.
A Hilary Swank é fufa. Tem os dentes como os meus mas uma boca bem mais feia. É altamente fodível. Tem os melhores abdominais desde que o Chuck Norris apareceu no “Desaparecido em combate” naquela cena em que sai da água com uma metralhadora e aquela cara mais inexpressiva que um cubo de gelo num ringue de patinagem. Que figura de estilo! “Apareceu no Desaparecido”.
O Morgan Freeman é preto e faz sempre de Morgan Freeman. Mas é o melhor do mundo a fazer de Morgan Freeman. E ganhou o Oscar por isso mesmo. Ninguém faz de Morgan Freeman melhor que o Morgan Freeman. Coincidência?

Eu cá, antes de ir ver o filme, pensava que todas as estrelinhas que tinha dos meus colegas, especialmente do António Cabrita – pois eu sou o maior fã em Portugal do António Cabrita. Ele está para a crítica de cinema em Portugal como o croquete está para as entradas na Portugália – eram apenas por ser “mais um filme do Clint Eastwood”. E toda a gente agora gosta do Clint Eastwood. É como aqueles óculos que as gajas altamente fodíveis usam. Ou aquelas botas de carneiro que as gajas que tentam querer parecer altamente fodíveis também usam. É uma moda. E as modas alteram os gostos como os copos mal lavados alteram o sabor da cerveja.

Claro que gajas à porrada é do melhor que há. No filme usam luvas e placa nos dentes para evitar que haja puxões de cabelos e mordidelas. Pois as gajas só lutam assim. Eu posso dizê-lo porque eu lutava como as gajas. E apesar do meu peso pluma, normalmente ganhava. Isto sem “ir aos colhões”. Mesmo que um gajo puxe cabelos e morda, “ir aos colhões” é que não. É um contrato assinado à nascença quando um gajo nasce gajo.

Não há nada para contar. Combates de boxe entre gajas. O Clint a fazer-se difícil e depois a aceitar treinar a miúda. Penso que tem esperanças de lhe saltar em cima se o conseguisse meter de pé. O Morgan Freeman também gostaria de lhe saltar em cima. Mas como só tem um olho perde a noção de profundidade e mesmo que o conseguisse espetar, muito provavelmente, romper-lhe-ia os ovários e a rapariga também acabaria em coma.

Até aqui é um Rocky com mamas - pode-se sempre discutir o tamanho das mamas do Stallone nesse filme e se são ou não maiores que as da Hilary Swank. Uma gaja a bater nas outras. A ganhar-lhes no 1º round.

Até que aparece uma preta. Que além de ser preta é também alemã e prostituta. Há pior? Só faltava ser dentista e brasileira a trabalhar em Portugal.
A alemã é má como as cobras. E no fim dum round espeta-lhe um “soquete” que a fufa até fica a andar de lado e parte-se toda.
O Clint Eastwood fica altamente fodido e corta-lhe uma perna, provavelmente para vender no mercado negro, e enfia-lhe uma injecção de adrenalina que lhe põe as máquinas todas a apitar em Ré menor.
Depois foge e vai-se esconder nas montanhas e deixa crescer pêlos nos ombros e na barba e constitui família com o abominável homem das neves e vivem felizes para sempre.

É, de longe, o melhor filme do ano. Penso que nem eu faria melhor. E eu sou muito bom a fazer muitas coisas.




Million Dollar Baby - :D~

:O~ <- vómito (filmes tipo AI, Matrix 2 e 3)
:O <- filmes “preferia ter gasto a guita em cerveja, droga ou cigarros”
:| <- filmes “naquela”
:) <- filmes médio-fixe ou “nice”
:D <- filmes “cum gajo até acha que coiso e tal e diz aos outros para irem ver”
:D~ <- filmes que “sim senhoras”

quinta-feira, 10 de março de 2005

coisas do arco da velha

Que raio significa a expressão "coisas do arco da velha"? Eu imagino sempre um arco com uma velha por baixo que batia punhetas por comida. E depois as pessoas mais conservadoras têm medo de se aproximar mas sabem o que lá se passa. "São coisas do arco da velha" - dizem. Mas então o que é um arco? Ninguém sabe porque é que o Arco do Cego se chama Arco do Cego mas toda a gente lá vai (ia) para apanhar o autocarro para Vila Nova de Mil Fontes. Menos eu. Porque acampar é para os porcos e para os comunistas. Muito menos andar de "camioneta" para ir para a "terra".

quarta-feira, 9 de março de 2005

o chelsea e a cena de agora todos gostarmos do mourinho

Antes ninguém podia com ele e agora torcemos todos pelo Chelsea.
A cena mais importante no meio disto tudo é haver um novo candidato a "jogador de futebol mais feio de sempre". No topo estavam, como acho que é do conhecimento geral, o Van Nistelroy e o Abel Xavier. Mas hoje vi bem o Kezman. E o Kezman faz o Argel parecer o Jude Law. E até eu, de um modo perfeitamente hererossexual, consigo dizer: "com o Jude Law até eu dava uma voltinha". Isto sem paneleirices. Por isso escusam de vir logo mandar mails a perguntar se eu faço gajos e assim. Porque a resposta é não. Gajas no entanto podem mandar mails. E fotos de cara e corpo inteiro porque nós, as pessoas realmente superficiais, não ligamos nada à personalidade e à inteligência. É so mais um esquema para conseguir mais gajas dizendo que isso é que importa e que não ligamos nada aos rabos e às mamas nem à verruga pendurada no lábio. Curtimos é gajas, e falo no plural porque sei que falo por todos os homens não-homossexuais, com mamas pelos joelhos e que precisem de um carrinho de mão para as transportar quando se passeiam pelo Chiado durante os dias de trabalho à tarde como fazem todas as gajas boas. Para depois irem para casa do amigo que é paneleiro e passa música no bar da moda beberem vinho tinto numa varanda com vista para o Tejo.

o dia da mulher

Qualquer minoria tem um dia. As raças não-brancas, os homossexuais, a sopa de grão no Café Alcides onde eu almoçava quando andava na Faculdade, os paneleiros, o cancro, os animais domésticos. O marisco já tinha um festival em Olhão. A cerveja tem uma festa no Castelo. O robalo e a dourada têm dia marcado no Mercado do Peixe. A Expomotor calha sempre na mesma semana todos os anos na FIL. Até os habitantes do Perú têm um dia na Feira do Artesanato.
Pois é. Agora até há o dia da mulher.
Tudo isto agrada aos homens.
A minha proposta é acrescentar ao calendário o dia-da-mamada-enquanto-se-vê-um-jogo-de-futebol e o dia-das-mulheres-em-carros-vermelhos-desportivos-com-AK47s. Assim o homem sentir-se-ia satisfeito.
Claro que depois as mulheres iam querer logo o dia-do-minete-enquanto-se-vê-a-telenovela, mas como toda a gente sabe uma mulher não consegue fazer duas coisas ao mesmo tempo. Por isso é que as telenovelas nunca passam às 20 horas. É para a mulher conseguir fazer o jantar em paz.

quarta-feira, 2 de março de 2005

"ele há coisas"

Hoje estava a ouvir um daqueles programas de rádio em que as pessoas telefonam para lá a contar os problemas que têm na vida e quão deprimentes são essas vidas. O meu fascínio por estes programas começou quando, já há uns anos, ouvi alguém contar em directo que "mandava escarras tipo clara de ovo".
Desta vez era o preço do pão. "Até o preço do pão subiu!".
Para quem não percebe, isto do preço do pão subir é o Estado a tentar ajudar. Então reparem (falo no plural para me convencer que há mais que uma pessoa que lê isto): antes uma pessoa comprava meio queijo e vinte pães. Com esse meio queijo cortava vinte fatias para os vinte pães e toda a gente comia pão com queijo. Vai dai sobe o preço do queijo. Agora em vez de meio queijo, pode-se apenas comprar um quarto de queijo. Então fica-se com um quarto de queijo e na mesma vinte pães. Ou seja, dez pães com queijo e dez pães secos. Toda a gente sabe que o pão seco não tem graça nenhuma. A única solução é subir também o preço do pão. Assim pode-se comprar apenas um quarto de queijo e dez pães mas, e aqui é que está o núcleo da questão, como um quarto de queijo dá para dez fatias, toda a gente continua a comer pão com queijo em vez de pão simples.