sexta-feira, 12 de agosto de 2005

quando eu me vestia de castanho

9 songs – 9 canções


“Diz que é maciço”


9 canções rima com “já não sei o que fazer aos colhões”. 9 songs rima com “i should have worn one of my thongs”. Que é o mesmo que dizer que não devia ter levado cuecas de renda para o filme. Nunca tinha suado tanto dos tomates.
Os intelectuais, como acham que estão muito à vontade com o sexo e que este não os incomoda vêm e dizem que como querem fingir que não os incomodou e dão uma estrelinha. Pois eu sou um pós-intelectual. Sou o gajo que já é tão intelectual que acha que o sexo torna a incomodar mas que é bom de ver. À parte disso, a gaja que estava à minha frente esfregou a rata que eu bem vi. Ainda por cima era gaja dos All Star. Se há coisa que eu gosto numa gaja são All Star. E que cocem a crica durante um filme em que se veja pachacha.
É para aí a 3ª vez que vejo uma rata num ecrã de cinema. Uma delas, quando fui ver o “Garganta funda”, até comi um croquete durante uma mega-mamada. Porque não tinha jantado “e quê” e o meu lanche não passou duma fatia de bolo Dan Cake daqueles com coisos de chocolates que parecem os sinais que a gaja deste filme tinha nas costas. Se há coisa que tira o pau todo são gajas com sinais nas costas. Especialmente daqueles que têm mais relevo que um tumor nos testículos ou que um livro em braille. Ou como aqueles macacos que eu colava no sofá e que alguém descobria sempre quando lá passava os dedos e brincava com ele até perceber o que era. Agora uso a t-shirt. Mas só daqueles de “trazer por casa”. Um gajo cola um macaco e passado uns minutos ele seca e está pronto para ser arrancado. Uma vez por outra ainda uso o rodapé do sofá.
Depois não percebo como é que um gajo que parece o Telmo do Big Brother depois de ter outro acidente de mota sem capacete, com o corpo do Lemmy dos Motörhead e com um cheirinho de trissomia 21 consegue uma gaja daquelas. E logo um gajo com a pila em cone. A cena fixe dos gajos da pila em cone – não que eu aprecie pilas em cone - é que têm sempre alta glande e vêm-se que nem cães. Assim quase como um frasco inteiro de Savora. E com Savora tudo melhora. O Lemmy é daqueles que tem mamas assim metidas para dentro e os ombros tipo cabide e depois tem barriga com o umbigo a sair para fora. Como um feto semi-abortado. Além dum mega-tufo de pintelhos e uma “picha”. As "pichas" são sempre pequeninas. Eu se fosse gaja só foderia com gajos com “pila” ou “caralha”. Uma “picha” nem deve dar para roçar bem nas bordas. As pessoas da Penha de França é que têm pichas. E depois vão lá à piscina onde uma vez um miúdo largou uma poia e tivemos todos de sair. E veio o homenzinho do apito com uma rede para colectar a poia. Ou foi isso ou foi uma preta que teve um aborto espontâneo na piscina. Não é que eu seja da Penha de França. Mas ia lá nadar quando era novo.
Não é que a gaja seja assim alguma coisa de especial, a cena é que as gajas bipolares são o novo gin tónico. Se há coisa que agora me dá mega pau são gajas assim do semi-rock que são bipolares. Se há gaja que é assim mega do rock é a gaja dos White Stripes. A cena é que me parece que tem as mamas pelo umbigo e que quando estiver a levar no cu aquilo abana assim como os sinos da catedral de Colónia. De resto tem muito em comum com o camarão. Pouco que comer e caca na cabeça. E depois é das que tem a rata em papo. É das que levanta as pernas e sai assim alto relevo em forma de bolo de arroz. Sem a parte de ter açúcar em pó por cima. Mas tem uma daquelas ratas que o um gajo vê logo no ecrã que por mais que lave com toalhetes e sabão azul o cheiro nunca há-de sair. É como aqueles tipos que jogam futebol em ringues e que um gajo pela barba densa vê logo o tipo de cheiro a suor que têm. E usam camisas de fibra com flores, como os taxistas. E aposto que é daqueles cheiros tão intensos que lhe cola os bifes um ao outro. Tipo como quando um gajo está a fazer panados e o molha em ovo e assim e depois aquilo fica tudo peganhento e até parece o arroz à espanhola que se comia na cantina do Técnico. Em que havia um tapete rolante onde o arroz passava e onde a cozinheira chefe esfregava o papo para dar sabor.
Os nomes das personagens também estão muito bem escolhidas. Afinal ela é “lisa” e ele “mete”. É lisa como a calçada da Rua Augusta. Polida pela chuva. E são os dois piores actores de sempre. Tirando aquele gajo que diz “Adriana, não sei o que anda aqui a fazer, mas um homem não é de ferro”. E a outra que entrava numa telenovela brasileira mas que era portuguesa e que fazia de irmã dum que também era português e se chamava não-sei-quantos e morreu há uns anos com uma coisa no coração. A gaja fazia de Inês. E ele dizia com voz grave "Inêeeeees...".
Se há coisa que eu nunca tinha visto era um olho do cu tão castanho. Aquilo é assim o maior mega-recorde em termos de “olho do cu mais castanho de sempre”. Não só o tom mas também a área que ocupa. Parece o Luxemburgo no mapa da Europa. Pudera que ele nunca o tenha metido por trás. Até eu teria medo duma coisa tão castanha. E eu já vi mais olhos do cu que muito proctologista. Porque se há coisa que eu gosto é de ir ao cu e de gajas do rock bipolares e com deficiências motoras mínimas assim numa das mãos que faça tremer o braço que fuma. Assim um pouco. Não falo em Parkinson e cenas assim. Apenas um cheirinho. Como o café com bagaço. Como quando um gajo pensa que largou molho a meio da farpa mas afinal é só suor. E eu sou daqueles que sua do rego.
O que me deixou minimamente animado é que só duas das coisas que vi no filme ainda não me aconteceram. Uma punheta com os pés e Franz Ferdinand ao vivo. Pelo menos uma delas vai-se cumprir ainda este mês. E bem que trocaria o bilhete para o concerto de Franz Ferdinand por uma punheta de pés. Uma italiana. Ao contrário da espanhola. Até porque a Itália tem a forma duma bota. Isto apesar do gajo dos Franz Ferdinand ser um bocado símio. Se passasse o “Assim falava Zaratustra” estava capaz de acreditar que estava a ver o 2001 e que dali a nada ele atiraria a guitarra ao ar e transformar-se-ia na estação espacial MIR. Ou na ISS.
Parece que as gajas que curtem Franz Ferdinand são boas. E eu cá já me estou a ver a gritar "diz faire izaut of control uí gara barn diz cíti" enquanto me batem uma com os pés.
Aos poucos vou descobrindo mais facetas daquelas horríveis. Agora, sempre que vou ao cinema, levo a t-shirt dos Motörhead para que as gajas que vêm aqui ao blog um dia me vejam e se venham tipo regador de relva. Até assim com aquele coisinho que faz *fsshhh* *fsshhh* e manda água para a estrada e assim e depois as pessoas tiram fotos e mandam para os jornais e dizem coisas como “escândalo”, “eles só querem é poleiro” e "os paneleiros deviam ser todos fritos em azeite".
Em parte isto é assim um filme como eu. Muito do rock mas o sexo não presta. Tem assim das melhores bandas da actualidade. Só faltam lá mesmo os Delfins e o João Pedro Pais “à deriiiiva no maaaar”. Que bem poderia ter passado nas imagens que mostram da Antártida. Eu, de bom grado, doaria um testículo à Ciência se os Delfins e tudo o que esteja ligado com eles desaparecessem para sempre da história da música. Isso ou se um gajo pudesse pagar uma macumba em que desse para escolher uma pessoa do mundo para ser triturada com um coiso daqueles de moer a sopa. Eu já tinha a minha escolha. Os Delfins. Todos. Mas em primeiro o Miguel Ângelo.
Sandes de esporra.
A linha acima é só para não ficarem com o Miguel Ângelo na cabeça.



9 songs - :)

:O~ <- vómito (filmes tipo AI, Matrix 2 e 3)
:O <- filmes “preferia ter gasto a guita em cerveja, droga ou cigarros”
:| <- filmes “naquela”
:) <- filmes médio-fixe ou “nice”
:D <- filmes “cum gajo até acha que coiso e tal e diz aos outros para irem ver”
:D~ <- filmes que “sim senhoras”

5 comentários:

Anónimo disse...

xD

Anónimo disse...

1 - tenho que te dizer: foi a melhor crítica de cinema de sempre. e sim, os "intelectuais" do DN deram zero estrelas e gastaram uma página inteira a dizer que este filme tinha destruído todo um género de cinema. coitados - eles não fodem, está mais que visto.
de resto, não deu muito jeito aqui no centro de internet da pacata aldeia de cabanas de tavira, que é uma salinha com 5 computadores, um tipo com a barba por fazer começar às gargalhadas mais que sonoras e a contorcer-se de lágrimas nos olhos. acho que daqui a vinte anos teremos ensaios e teses de mestrado sobre as influências do juvenal na cultura portuguesa.

2 - digam o que disserem o disco dos ferdinand é genial a todos os níveis. isso em nada choca com a existência de reinterpretações ou colagens ao passado. se formos por aí, então nada hoje em dia presta. e quanto aos dinossauros, deixá-los quase todos na extinção. eu vou lá estar. se a colagem for super-hiper-boa como é o caso, que se cole. cópia? melhor que os originais...

Anónimo disse...

nao me importava de levar uma foda enquanto via o filme :P

Anónimo disse...

.. a sopa n se moe ;) tritura-se.

Inês Ramos disse...

As cenas de sexo neste filme são entediantes ao ponto de provocarem narcolépsia em quem (como eu) sofre de insónia.
A tua «review» deu-me vontade de rir devido àas tuas comparações mirabolantes. É caso para de dizer que foram bem esgalhadas.
A banda-sonora é a única coisa que se aproveita naquele pedaço de celulóide desperdiçado. Quem diria que «9 songs» é do mesmo realizador do «24 hour party people»?...