Eu, que sou da elite cultural lisboeta, estive presente na apresentação do álbum dos Dead Combo. Se entre as 23 e as 2 da manhã se tivesse traçado uma distribuição de QI/cultura geral/índice de pessoas que "realmente importam", notar-se-ia um pico na zona da Praça da Alegria nessa noite e um deserto no resto de Lisboa. Toda a gente que realmente interessava estava lá. Ele era aquele anão que está em toda a parte, ele era o vocalista dos Moonspell, ele era um tipo que eles me disseram "iiih é aquela do hipóp da Sick Radical" - que eu não sei quem é, ele era o Manuel João, ele era uma miúda "que é dum programa de televisão da Catarina Furtado" e ele era miúdas completamente ressequidas que devem ter sido boas, mas na abertura do Maxime, no início do século passado.
Acho que foi bom, mas eu estava mais interessado em mostrar a minha camisola nova e em como sou da moda a ver se alguém me convidava para as festas pós-concerto, mas nada. Então fui afogar o meu desgosto com pregos e imperiais, com copos cheios de hepatites e sidas, para aquela tasca no meio da Avenida onde é só pretos e drogados que cheiram pior que as ETARs e pensar que nunca hei-de ser dos que importam. Logo eu que queria tanto ter uma banda como os Moonspell.
segunda-feira, 20 de março de 2006
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8 comentários:
mas os moonspell interessam a alguem..???
LOL
gosto dos dead combo.
quanto aos moonspell, já deixei de me interessar pelo tipo de som, mas no que fazem são dos melhores. e não é só de portugal.
realmente bem que me parecia k te tinha visto la.
Está encontrado o paradigma da elite cultural lisboeta. Aumentaram as possibilidades de te tornares "o" secretário pessoal do Malato.
Parabéns!
Se viste lá toda a elite cultural, então onde estava o "emplastro", aquele gajo que aparece sempre atrás do reporter nos directos do Estádio do Dragão? Hum? Responde lá a esta?
ora, fosse eu um fundamentalista do bom gosto, teria enviado a minha gaja de cintura sequiosa de me servir para higienizar a cidade. era a sic radical que ficaria esterilizada, era a minha alma e a do país.
ahlamalalababa. baba. mek bah.
epá, mostraste a camisola nova. também gosto. aldeia, isto, ou não?
como está o teu cancro? não passarás.
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