quinta-feira, 31 de maio de 2007

seis parágrafos do género

"A Christie senta-se e volta-se e, ainda por cima da Elizabeth, comprime a cona contra a cara ofegante da Elizabeth e em breve, como num filme, como animais, as duas começam a lamber e a meter os dedos nas conas uma da outra. A Elizabeth, com a cara encarnadíssima e os músculos do pescoço hirtos como os duma louca, tenta enterrar a cabeça na rata da Christie e depois afasta as bochechas do cu da Christie e começa a enfiar a língua no buraco, emitindo sons guturais".
Em "Psicopata americano".

E só me pude levantar para sair duas paragens depois.

quarta-feira, 30 de maio de 2007

tournée du chat noir

Ainda pensei em vir de táxi para casa. Mas esta combinação camisa/casaco de pele é um desperdício não ser mostrada às miúdas na rua. E então lá apanhei o autocarro.

wings

Detesto greves e comunas e mandriões. É incrível como uma empresa como o Metro que tem milhões de euros de prejuízo anual, se dignam a fazer greve. Se fosse eu que mandasse, era atirar todos os comunas para um poço sem fundo.

love all of me

Nós, os tipos que nos armamos com regularidade, fazemos tudo para chamar a atenção das gajas boas. Ontem, na Feira do Livro, consegui comprar um livro relativamente chato mas fino, tipo fiambre, numa banca onde estava uma miúda daquelas boas dos livros. De decote e o suor a brilhar assim por cima das mamas. Só naquela de "ei, eu estou aqui e estou disponível. Se tu e as tuas mamas quiserem ir fazer qualquer coisa quando saíres é só meteres um papelinho com o teu número de telefone no saquinho do livro". Mas nada. Só talões de desconto e marcas de livros. Mas até o melhor armanço tem limites, não consegui comprar o "Conde de Montecristo" apesar da "feirante" ser das mais boas que vi. 500 e tal páginas só para me armar, é muita coisa.

fun house

Como não tenho grande memória, passei a anotar ideias no telemóvel. Mas faço-o por tópicos e não me dou ao trabalho de inserir palavras que não existam. Demorei várias horas para perceber que o "Paulo inox" era o Paulo Gonzo.

the darwin awards

A rua do Coliseu deve ter uma fauna mais diversificada que alguns atóis do Pacífico Sul.

mau timing

Ela disse-me "eu ou a xbox" no dia em que saiu o GTA IV.

terça-feira, 29 de maio de 2007

living for the city

"Não te vi nos Grammys" - disse o Stevie Wonder ao Ray Charles.

segunda-feira, 28 de maio de 2007

but one day

Bolo de anos é bolo de anos porque tem velas.

thanks for all the fish

Percebi que estava no bar errado quando ouvi quase de seguida: "Esta cerveja está fria de mais" e "mamas grandes não é assim tão bom".

check please #2

Ela: "Estás com bom aspecto".
Eu: "Tu estás um bocado estragada".

golden age

Numa exposição de fotografias de nus, em frente a um 38 copa D:
Ela: "Não sabia que gostavas de fotografia".
Eu: "Eu também não".

dead zone

Ali ao pé de onde trabalho, há um mendigo que dorme na reentrância de um prédio. Hoje, para meu espanto, não estava lá nada. Nem mala, nem sapatos, nem cobertor, nada. Vi-o mais à frente deitado no jardim e pensei: "férias no campo".

so long

Um gajo, quando perde um cartão Multibanco, tem de dar baixa dele ao banco. Quando a identificação é feita pela impressão digital e um gajo fica sem dedo na máquina de cortar relva ou no triturador de lixo dá baixa do dedo a quem?

blue note

Ele disse: "Isto é um acorde de Si".
"De mim?" - respondi eu.

with lasers

Hoje, no metro, uma freira à minha frente passava o bilhete pelo coisinho de abrir a porta que se recusava a abrir. Eu disse-lhe apontando para cima: "Não me diga que o meu passe é mais poderoso que o Grande Chefe".

domingo, 27 de maio de 2007

sapphire

Tenho as palmas mais sonoras de Lisboa. No último espectáculo a que fui, pediram-me para parar de bater palmas porque não se ouviam as palmas dos outros.

sábado, 26 de maio de 2007

wonderland

Eu: "Sinto um vazio na minha vida".
A psicóloga: "Fale-me desse vazio".
Eu: "Acabei a 3ª série do Lost e agora não sei o que fazer até Janeiro".
A psicóloga: "Janeiro? Como em Janeiro de 2008?".
Eu: "Sim".
A psicóloga: "Foda-se".

terça-feira, 22 de maio de 2007

fatal flower garden

Enter the dragon – O dragão ataca


A insustentável leveza do ser

Em toda a minha vida posso-me orgulhar de ter cometido apenas três erros. Os verdadeiros erros são aqueles que um gajo faz com convicção porque acha que nunca se vai arrepender. Passo a enumerá-los e a descrevê-los (uma vez que enumerar seria só dar-lhes números e não os descrever): 1- ter desgravado um mega-programa de rádio feito por mim, pelo meu irmão e pelo Gustavo, o do Rocky, que tinha momentos únicos de humor como nunca mais serão feitos em Portugal, feito num rádio Phillips com um microfone daqueles de buraco do tamanho da separação dos dentes daquela miúda dos X-men que em “O Piano” roçou a crica numa árvore, para gravar um álbum dos Technotronic (eu é que usei a cassete para gravar o álbum dos Technotronic, não foi a miúda dos X-men que roçou a crica na árvore para gravar o álbum dos Technotronic) – ainda hoje sinto náuseas quando oiço aquela linha de baixo. Mas na altura os Snap e os Technotronic rulavam o mundo e um gajo obedecia; 2- desgravar o “Enter the dragon” para gravar pornografia para depois “mostrar ao pessoal” e também porque na altura não havia Internet e um gajo só conseguia ver porno em casa do S. (aposto que o interveniente quer anonimato, mas ele sabe quem é). Na escola tínhamos o maior consultor e especialista em pornografia na área que vai da Musgueira até à Calçada de Carriche. Nunca num vídeo, sob orientação do Consultor (como lhe chamarei daqui para a frente – e com C grande) entrou uma cassete de mau porno. Embora, nalguns meios, se negue a existência de mau porno. E é obra, em plenos anos 80, não se ver um único pêlo em qualquer rata. E alguns deles até tinham pretas (os vídeos, não os pintelhos). Também não se viam gajas feias ou tipos de pila pequena. A não ser quando vimos num vídeo da “Titchó”. Invariavelmente, havia cu porque, segundo o Consultor, o “ir ao cu” marcava uma determinada época. Qual plano-sequência do “Citizen Kane”. Nos 80s cu era cu e mai' nada. Tudo terminou porque, um dia, alguém fez desaparecer uma cassete que era dum clube de vídeo e que tinha aquele filme em que a Ana Zanatti come uma série de freiras. E depois teve de se pagar uns 5 contos. Não sem antes, o Monga (que era contínuo) dizer “isso se já não está aí é porque já foi c'os porcos”. Quem estava lá e viu assistiu à génese de uma nova expressão. Hoje para vocês parecerá comum “ir com os porcos”. Ali, em pleno 1989, até o ar faiscou. O uso do impessoal, ali em cima, é propositado até porque os intervenientes não querem ser lembrados de tal coisa. No 7º ano, 5 contos é muito dinheiro. Até para o Banha, que tinha família na alta finança, que uma vez mandou o almoço dum miúdo ao chão, que consistia numa sandes de ovo comprada no Eduardo, e não pagou. Por isso podem ver como era dinheiro. O Eduardo, que no fundo até era boa pessoa – assim um Darth Vader em forma de tipo que atende miúdos no bar da escola – ofereceu uma sandes ao miúdo e enxotou-nos com aquele olhar vítreo que só ele sabia fazer. O que não é difícil quando se tem um olho de vidro. Quem tinha o coração mais negro que o interior do olho do cu duma preta era o Artur. O Artur era um gajo fodido que não tinha qualquer papel naquela escola, a não ser fumar SG Filtro e ter AVCs. Nas horas de maior ócio, batíamos à porta do gabinete dele, que não passava de um cubículo – o gabinete, não o Artur – e fugíamos até alguém ser apanhado, levar um caldo e ser levado às mais altas instâncias daquela escola. No fim, o castigo era passar as quarta-feiras à tarde a jogar ping-pong. Nunca perdi a jogar ping-pong, nem na escola, nem em parte nenhuma. Nem matrecos. A jogar atrás; e 3- não ter convidado a metaleira do meu prédio de antigamente para ir comigo aos Megadeth, no Dramático de Cascais. Hoje não sei dela, mas ainda me lembro dos olhares que trocávamos quando eu usava a minha camisa de flanela azul, comprada na feira de Carcavelos, e ela a t-shirt dos Guns n' Roses do “Appetite for destruction” comprada numa loja no Metro do Rossio. São estas coisas que depois um gajo conta aos filhos com aquele ar triste de quem falhou na vida. Tudo por causa duma cassete ou de falta de desenvoltura para convidar uma miúda para um concerto. A verdade é que metaleiras há muitas e programas de rádio, como aquele, nunca houve nem nunca haverá.
A felicidade, até aos 16 anos, pode perfeitamente consistir em andar de skate e ver filmes de artes marciais. Eu andei de skate uma vez mas vi todos os filmes do Bruce Lee e do sósia, o Bruce Li. E, hoje, ainda considero o “Enter the dragon” o melhor filme de artes marciais de sempre. Inexplicavelmente, não está incluído naquela caixa que há por aí do Bruce Lee. No entanto, encontrei-o em edição especial de dois discos no Corte Inglés num daqueles fins de tarde em que fui fazer aquilo em que sou melhor. Gastar dinheiro e usar calças de ganga. Eu olhei para ele, ele olhou para mim e deu-se o Amor. O Amor também se deu por metade duma miúda que vi assim quando ia a descer umas escadas rolantes e a vi até perto do umbigo. Uma cena que distingue as gajas que são realmente da cena das que não são grande coisa é que as que são realmente da cena usam as mãos nos bolsos das calças de ganga de cintura descaída. Mas, e aqui é que está tudo, os dedos estão metidos nos bolsos só até aos primeiros nós e não é por terem os braços curtos. É porque são da cena. Como, no outro dia, quando me perguntaram como é que dava 150 euros por umas calças de ganga. E eu disse: “meu, um gajo ou é da cena ou não é”. Os intermédios é como “ir jantar ao chinês” ou “morar em São Domingos de Rana”. Mas mais que os primeiros nós dos dedos é como o fisting, já faz das gajas umas pêgas sem classe. Até mesmo só o polegar só assim pendurado já me destrói qualquer sonho. Voltando à gaja do umbigo, era uma fraude. Mais ou menos assim como o Jesualdo Ferreira. Ou a equipa do Porto, que não passa duma invenção dos media. Até porque toda a gente sabe que o Porto é o Benfica dos pequenitos. E segunda-feira nem houve recolha do lixo em Lisboa.
Sempre que vejo um filme de kung-fu, convenço-me que “aquilo até eu fazia” e ameaço toda a gente cá de casa com réplicas perfeitas dos golpes que acabei de ver. Evito golpes de maior envergadura pouco depois de tomar banho para evitar que o aroma a gel de banho e se espalhe e alguém se convença que eu sou daqueles tipos irritantes que cheiram a gel de banho e conseguem que o cheiro lhes permaneça no corpo até ao fim, mesmo nos dias de maior calor. É um pouco como os pretos mas ao contrário. Que às 8:30 já fedem dos pés.
E neste filme também há um preto. E um tipo penteadinho. E um gajo com uma luva como o Artur Semedo e uma gaja boa e chinesas. E a minha cena agora é espetá-lo numa chinesa enquanto ela cozinha num wok. Mas antes corto as unhas por que eu cá, quando há cu, ponho sempre primeiro o dedo a ver se “vem castanho”.


Enter the dragon - :D

:O~ <- vómito (filmes tipo AI, Matrix 2 e 3)
:O <- filmes “preferia ter gasto a guita em cerveja, droga ou cigarros”
:| <- filmes “naquela”
:) <- filmes médio-fixe ou “nice”
:D <- filmes “cum gajo até acha que coiso e tal e diz aos outros para irem ver”
:D~ <- filmes que “sim senhoras”

domingo, 20 de maio de 2007

bondallica

Nunca serei feliz enquanto não puder passar os dias a jogar computador e a ver gajas na Internet.

exclusão de partes

Se Deus existisse, o Malato não existia.

sivle

Tenho as melhores patilhas de Lisboa.

sexta-feira, 18 de maio de 2007

easy

Levantei cem euros ao almoço para impressionar a Fátima da contabilidade.

quarta-feira, 16 de maio de 2007

shangri-la

Hoje abri a ceninha onde tenho os cartões para me armar com o bilhete para os Arcade Fire e caiu-me um daqueles coisos de colar ao nariz para tirar os pontos negros. Logo hoje que a Fátima, da contabilidade, almoçou connosco.

a/c do pessoal do norte da europa que me lê e gosta muito

Tenho férias de 1 a 15 de Setembro.

terça-feira, 15 de maio de 2007

everything's gonna be ok

Uma pessoa com hobbies é uma pessoa sem critério. É alguém que precisa de fazer alguma coisa para se esquecer que está a ter tempo livre.

shoes of the fisherman's wife

O acto de eu vestir, diaramente, o meu casaco novo de pele de 250 euros deveria ser filmado para um anúncio qualquer duma coisa extremamente cool.

segunda-feira, 14 de maio de 2007

drunk or stoned

Um disco de 500 gigas não traz a felicidade.

soul city

Detesto velhas sebentas com varizes do tamanho de testículos de cão que fazem tudo por um lugar sentado no metro e quando se sentam fazem aquela cara de que aquilo foi a melhor coisa que lhes aconteceu na vida.

arctic monkeys

Como funciona o protocolo do macaco no nariz? Um gajo avisa baixinho ou deixa andar?

what we've got here is failure to communicate

Eu: "Ontem fui a uma psicóloga".
Ele: "E houve cu?"

domingo, 13 de maio de 2007

manual de instruções para crimes banais

Psicopata americano – Bret Easton Ellis


Isto de andar de transportes públicos faz um gajo ler muito mais do que antes. É uma vergonha mas não terminava um livro desde que saiu o último volume dos irmãos Hardy há quase 14 anos. É complicado gerir a cena de se ser do metal e ler livros dos irmãos Hardy. Um gajo andar com uma t-shirt a dizer Megadeth e um livro dos irmãos Hardy com um balofo chamado Chet na capa é o mesmo que pedir para levar porrada. O que vale é que ninguém sabia e quando havia aqueles concertos do metal num barzinho na Graça ninguém falava de literatura. Apenas de Panténe e de como evitar apanhar beatas com o cabelo durante o headbanging. Os concertos do metal em Lisboa juntavam algumas das pessoas mais feias de Portugal. Eu sei do que falo porque estava lá e era pacífico desde que mantivesse as mãos longe das bocas deles. Era raríssimo ver uma dentição completa ou alguém que não suasse que nem um porco e cheirasse ainda pior. Eu, a minha pele luminosa e o meu cabelo lustroso brilhávamos no meio daquela gente toda e por isso nunca fui muito bem aceite. É como o Wolverine nos X-men. É assim um bocado à parte embora seja o gajo mais cool. A cena que não entendo é como é que aquela dos X-men que é boa, não a que tem os dentes separados nem a preta, prefere o tipo do olho que deita luz ao Wolverine. Até eu que sou homem, se tivesse de escolher em ir jantar fora com algum dos X-men, escolheria o Wolverine. Sempre podia virar o chouriço e cortá-lo para não rebentar no assador. E ainda para mais, o correspondente português de Wolverine cheira-me que é Lobantunes. Esta fui eu que inventei hoje de tarde enquanto via os X-men na TVI. Só até ao primeiro intervalo porque com o tempo que demoram e com a memória a curto prazo que tenho, um gajo esquece-se do que estava a ver.
Agora a cena dos super-heróis parece que voltou a estar na moda. Até parece que há uma série que dá que todos fazem cenas e têm um poder especial. Felizmente, não têm de o mostrar exibindo fatos de licra com o alto dos colhões a ver-se proeminentemente. Na dúvida de como se escreveria licra, fui aos meus calções de ginástica colecção Primavera-Verão 2006 do Richard Simmons. Encontrei um pintelho, os restos duma borbulha do cu rebentada e lá estava “75% algodão, 25% licra”. É a minha dúvida anual. E ainda só estamos em Maio. Raios.
Em Portugal é que continuamos sem ter super-heróis. Ainda para mais agora que o Simão está lesionado, já ninguém voa. Eu, em tempos, também tive um super poder. Que era acender (não tentem isto em casa) cigarros com a mesma mão para a qual me tinha peidado segundos antes. Por diversas vezes alguém comentava “alguém cá do prédio está a fazer cogumelos a vapor”. Outro dos meus super-poderes era ter terçolhos. Infelizmente não podia tirar qualquer partido da situação a não ser repelir as gajas boas. Mas isso já o fazia mesmo sem terçolhos.
Uma página inteira e ainda ninguém deve ter percebido que isto agora é sobre livros. Eu também sou dos que lêem. E este até têm uma vantagem sobre todos os outros. É que tem o nome do livro na capa e na contracapa. Então não é necessário ter em atenção de que lado do metro é que há mais gajas boas para virar a capa. Assim todas podem ver o que estou a ler com metade do esforço. Não estou a ler com metade do esforço, elas é que coiso. Foi a última vez que usei esta piada.
Há um tipo da noite de Lisboa que não tem amigos (é tipo eu mas em feio) e, segundo consta, nunca falou e não faz mais nada da vida a não ser estar na noite. Ele persegue pessoas. Não como eu fazia. Antes havia aqui uma miúda muita boa que apanhava sempre o 47 a seguir a mim. A única maneira de partilharmos o autocarro era eu chegar atrasado às aulas. E eu, que nunca chego atrasado a lado nenhum (sou mais pontual que um relógio atómico), fazia um compasso de espera (qual Gabriel Alves) para ir no mesmo autocarro que ela. Eu tinha 16 anos e sei que ela me queria. A cena foi que nunca tivémos nada em comum. E um dia, quando a apanhei no autocarro de regresso, vi uma bola de muco a acumular-se-lhe no nariz. E os meus sonhos desfizeram-se como aquela janela que o irmão do Banha atirou de um segundo andar para o meio do recreio dos miúdos do 5º e 6º ano. Felizmente ninguém se magoou a não ser o Carneiro, que era o director de ciclo, mas não na janela. O Carneiro tinha uns sapatos de corda com uma sola menos espessa que uma fatia de fiambre que coleccionavam todos os “pionéses” que iam da cantina à casa do Cágado. Isto tudo para dizer que a alcunha do tipo do início do parágrafo é “o psicopata americano”. Não por ser um gajo cool, ou ter roupa de marca e gravatas Ralph Lauren, ou óculos de osso e o cabelo penteado para trás. Nada disso. É o olhar e o stalkerismo. Algumas das melhores alcunhas de sempre fui eu que inventei. Não vou expô-las aqui porque já sei como é. E depois os outros vão começar com cenas a dizer que não fui eu que inventei e mais não sei o quê.
A premissa do “Psicopata americano”, o do livro não o da noite de Lisboa, é que o melhor da vida são as coisas de marca e as gajas boas e que deixam um gajo vir-se na cara delas e cortar-lhes as mamas com uma faca. Pouco tempo depois vi um filme que confirmava isso. Chamava-se Cypher e não era grande coisa. Foi mais uma daquelas reposições do Quarteto dos filmes do Fantasporto. A cena é que havia um tipo de óculos, com camisolas daquelas com losangos que trabalhava numa empresa de segurança e era casado com uma enrugada e no fim já andava com uma camisa de linho, uns óculos Ray Ban e mandou uma por trás na Lucy Liu num barco daqueles com vela que ela, quando se veio, aquilo até respigou para dentro de água.
Tudo o que importa está ali. Este livro está para os homens como aquelas revistas que não dizem nada de jeito estão para as mulheres. O que fazer, que cremes usar, como usar colete, se o amaciador se usa antes ou depois do champô, como usar o fio dental, se o cinto deve combinar com os sapatos ou com as meias, qual a melhor aparelhagem, como bater nos sem-abrigo e qual o melhor cartão. É o manual de instruções para o sucesso.


Psicopata americano - :D

:O~ <- livros do Nuno Markl ou do careca da bóina
:O <- livros em que um gajo fica a saber que o Pinto da Costa se peida com molho
:| <- livros em que um gajo fica a saber que o Pinto da Costa se peida
:) <- livros que também ficam bem na prateleira
:D <- António Lobo Antunes
:D~ <- livros de cheques

sábado, 12 de maio de 2007

the needle and the damage done

Do ponto de vista aeronáutico, é interessantíssimo a distância que os cds de música portuguesa do Público atingem, quando atirados com mestria, de um 6º andar da zona alta de Lisboa.

quinta-feira, 10 de maio de 2007

your biggest fan

A minha psicóloga diz que sofro de dupla personalidade. Nós discordamos.

quarta-feira, 9 de maio de 2007

wake me up

Hoje ia um gajo igualzinho ao George Michael no 720, que vai para a Picheleira. Vi que não era ele porque não estava a fazer broches a ninguém.

terça-feira, 8 de maio de 2007

hippocamp ruins pet sounds

Sou a favor da liberalização das drogas. Especialmente daquelas que fazem as gajas ficar fáceis e com o olhar vítreo.

pills 'n' thrills and bellyaches

Era tão do metal que, nos funerais, fazia sempre mosh ao morto.

djangology

Eu, apontando a mancha no chão da sala: "Infiltrações?"
Ela: "Esparregata".

favourite worst nightmare

A frase "apetece-me apalpar-te o rabo até fazer sumo" também não resulta.

exile on coldharbour lane

O Verão exponencia a demência dos "cleavage freaks" como eu.

segunda-feira, 7 de maio de 2007

oficialmente do vinil





a love supreme

Retiro tudo o que disse de mal da espuma de barbear.

parallel



Mais 15 dias e poderei voltar a usar brilhantina.

stranger on the sofa

Não é que eu seja daqueles que acham que as mulheres são menos capazes que os homens. Eu admito que elas são melhores a fazer baínhas, pregar botões, descolar o refogado do fundo do tacho e trabalhos vários com esfregão de arame. Mas faço o "Pepsi challenge" com qualquer carro durante 30 segundos e adivinho sempre se é uma mulher que o está a guiar. O teste falha quando é um preto. Se o Universo funcionasse em c#, diria que as mulheres e os pretos implementam interfaces comuns.

psicopata americano

Tudo corria bem até ela encontrar o meu estojo de dados Dungeon & Dragons.

sexta-feira, 4 de maio de 2007

nota mental

Evitar tornar a dizer: "Isso bom, bom para tirar o cheiro a rata das mãos é o Sanex".

quarta-feira, 2 de maio de 2007

earthling

As gajas dividem-se em dois grupos. As que têm mamas grandes e as desinteressantes.

crunch

Tive de cortar as unhas dos pés porque já estava a calçar 41.

miles in the sky

Não percebo como é que uma gaja pode resistir a: "deixa-me ser a farinheira das tuas favas".

o futuro radioso

A cena com os minetes é que um gajo depois fica sempre com vontade de picar uma cebola e de abrir uma latinha de grão.