Os nerds estão na moda. Eu quase nunca compro o Público. Hoje comprei para dar cenário numa entrevista de emprego. E então saiu o Inimigo Público que nunca li. Mas hoje pensei: "tenho mais de uma hora pela frente. Vou dar uma hipótese aos rapazes". Pelos nomes de quem escreve as coisas percebi que eram. É a maralha de neo-nerds. São aqueles trintões que, quando andavam na escola, eram os que iam à baliza. Eram os que apanhavam com "estoiros" em cheio nos tomates. Eram os gajos que ficavam sempre sem o cesto do lanche e o estojo com canetas de todas as cores e com o qual um gajo ia jogar à rabia com biqueiros bem mandados acabando as canetas todas espalhadas no corredor que dava acesso ao refeitório. Depois o gordo ia-se chibar à mamalhuda que era a empregada que defendia os nerds. Depois um gajo fugia e assim. A cena é que eles agora são cool. Aparecem na televisão no Curto-circuito e nesses programas do género. E escrevem nos jornais porque, em vez de jogarem futebol, passavam as tardes a jogar Spectrum e a programar em Basic. São os nunomarkls do nosso país.
Não consegui o emprego.
sábado, 7 de maio de 2005
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5 comentários:
onde é que eu já ouvi essa teoria? :P
depois de alguns pormenores desse post, tens de ir ver o mean creek.
e pergunto-me que sentido faz publicar isto anónimo quando sabes quem sou. e, se não souberes, não perguntes :|
ih, pá, deu-me uma vontade de voltar atrás no tempo e chutar mais uma vez contra esse hipotético neo-nerd que ia sempre à baliza, e que, faltou dizer, era sempre o último ou penúltimo a ser escolhido, conforme as últimas performances (pois só assim se destinguia o último do penúltimo). Não que na altura eu sentisse prazer em o magoar, mas se soubesse que ele se ia tornar qualquer coisa na vida (pelo menos na definição popular do sucesso) sendo um intelectual de relevo otário, ou um cómico otário de relevo, sentiria prazer, sem dúvida. cómicos maus chateiam-me solenemente. devem ser gajos que nunca conheceram um bom na vida, como eu por exemplo. ou se vissem não o reconheceriam. ou ainda se o vissem e tivessem de facto, num momento efémero de inteligência, percebido que afinal não têm assim tanta piada, imediatamente no dia a seguir o poriam em questão e voltariam à mesma merda de sempre. é um instinto de sobrevivência que os habituados a condições adversas desenvolvem.
Porra, aproximo-me perigosamente da descrição de neo-nerd... sim, eu jogava spectrum ,programava em BASIC (entre outras)... felizmente nunca fui gordo, sempre joguei à bola (e ainda jogo, federado) sem ter de ser à baliza, não sou trintão (mas para lá caminho) e só usava uma caneta quando era obrigado (quanto mais andar com canetinhas de cores diferentes...)
...assustei-me ao ler o inicio e a pensar no meu triste passado.
hehehe
Digo-te já que tu é que me saiste um granda OTARIO FODA-SE
deves ter tido uma infancia bue rebelde
MATA-TE
hahaahha, Joe baliza já!!
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