quinta-feira, 6 de janeiro de 2005

eu sou o melhor em portugal a escrever sobre cinema

Eu tinha uma bela secção numa página onde escrevia as melhores coisas sobre cinema. Toda a gente gostava mas poucos admitiam. Dos que não admitiam, era normal receber mails variados para apanhar aqui e ali. Depois veio a censura e tive de começar a cortar nas pérolas do nosso português como: "pachacha", "esporra" e "pintelho". Até que fui, subtilmente, despedido. Aqui ficam essas "coisas".



The village – A vila


O homem que vende twists


Havia um gelado da Olá (suponho que se pode dizer marcas porque coiso e tal) que se chamava Twist. O gelado era uma merda. O meu irmão vomitou a seguir a comer esse gelado. Foi só uma vez, mas como toda a gente sabe depois as pessoas vêm e associam e depois aquele fica como o “gelado que faz vomitar”. Claro que todos dissemos “Foi do gelado.”. Ainda hoje ninguém sabe se o Twist faz vomitar. Ora os twists dos filmes do M. Night Shyamalan começam a meter nojo. Não um nojo de vomitar. Apenas de sentir assim uma coisinha no estômago que se parece com aquelas subidas (e descidas) dos túneis da Av. Da República. Para quem não é de Lisboa (e eu sei que nas parvónias espalhadas pelo país também há avenidas dessas) a Av. Da República é uma cena grande com várias faixas e com túneis.
Filme do M. Night Shyamalan (tive de ir ao imdb.com <- site muito bom de cinema – ver como se escreve o raio do nome do homem) que não tenha twist é como, e agora o verdadeiro artista teria de rimar, é como e(i)migrante (depende do sentido) que não tenha “viste”.
Já no 6º Sentido (o famoso filme em que o Bruce Willis tem cabelo digital) havia assim um twist. Eu fui ver o filme e ‘tava tão à espera do twist que não o vi. Só o vi passados 3 segundos. A mim não me convenceu. E não pensem que é por ele ser indiano. Depois pensei “epá se calhar o homem até tem jeito” e fui a correr ver o “O protegido” (aviso já que o artigo não está repetido, é mesmo assim). E o “O protegido” (outra vez o truque do artigo) é um grande filme. E eu não sou grande fã de bd. A cena com a bd é que só gajos com óculos tipo fundo de garrafa e com mais sebo que os nossos colegas da leic (:D) conseguem gostar daquilo. O filme retrata na perfeição o herói, que no seu dia a dia é uma pessoa normal, mas que tem a capacidade de não se partir. Como qualquer bom herói existe o seu anti-herói. E quando eles chocam libertam-se dois fotões. (exercício: qual a secção eficaz deste processo <- piada de físico. Mas eu até sou giro). Depois veio o “Signs”. O “Dia da Independência” dos pobres. Ou não fosse o Shyamalan indiano. Este filme é assim a puxar para o vómito. E não é o efeito Mel Gibson que faz vomitar, é mesmo o filme. Este não tem twist nenhum. A única coisa que nem é bem um twist é os ETs terem aversão à água. Bom, nós que andamos de metro cruzamo-nos com bastantes ETs.

E não me apetece desenvolver mais porque a verdadeira “cena” é “A vila”. E já lá vai uma página sem ter dito nada.
O “A vila” (truque do artigo novamente) é fixe. É assim o melhor filme dele – na minha opinião, mas claro eu sou tão iluminado que se quiserem gajas ou passar assim por pessoas que sabem muito de quase tudo o melhor é ter assim uma opinião fixe como a minha. “A vila” (não estou a usar o truque dos artigos porque me fartei) é assim o melhor filme do senhor. Leva-nos a uma aldeia (as vilas têm de ter centro de saúde) onde temos cegos, judeus apanhados dos cornos que tocam piano e gostam de se vestir de vermelho, a gaja que caçou os aliens, aquele tipo que sempre foi careca e cresceu-lhe cabelo para fazer este filme e várias outras coisas. E as pessoas de aldeia têm uma floresta à volta. E não saem daí porque têm medo. Imaginem que viviam num condomínio de luxo no centro da Damaia e que eram todos do Sporting. Basicamente é isso. Depois eram convencidos que havia maus – claques do Benfica que toda a gente sabe são da Damaia e desses sítios onde as pessoas cheiram mal. E por isso nunca saíam de casa com cagufa. E depois este gosta daquela e aquela gosta do outro que gosta deste. E pronto. E depois é muito giro no fim mas que eu não vou contar porque se não estrago o fim (isto é uma figura de estilo que não me lembro do nome). Também tem twist. E não apenas um, mas dois!
A realização é assim soberba. A fotografia é melhor que uma punheta a terminar em mamada. A banda sonora é de arrepiar os pêlos.

E como esta é a primeira coisa destas que faço fica aqui um esquema como aquelas coisas para os preguiçosos que não quiserem ler isto mas apenas ver se eu – o rei do Universo no que toca a ser a melhor pessoa com opiniões – gostei ou não dum filme.

A Vila - :D

:O~ <- vómito (filmes tipo AI, Matrix 2 e 3)
:O <- filmes “preferia ter gasto a guita em cerveja, droga ou cigarros”
:| <- filmes “naquela”
:) <- filmes médio-fixe ou “nice”
:D <- filmes “cum gajo até acha que coiso e tal e diz aos outros para irem ver”
:D~ <- filmes que “sim senhoras”


1 comentário:

Anónimo disse...

bem escusado sera dizer q de cinefilo n tens nada. porque se tivesses conseguias captar o q esta p alem da imagem na frente da tua penca
das 2 uma: ou es daqueles q só os "filmes" do van damme é q sao bons ou um "pseudo" "intelectual" cujo filme (?- este ? deve-se ao facto de cinema pressupor imagem...coisa q este filme n tem) preferido é o "branca de neve" do atrofiado monteiro