sexta-feira, 14 de janeiro de 2005

freaks à porta do cinema

Amores Perros. Porque é que quando me pedem lume, se é um gajo tenho medo de sorrir não vá ele pensar que sou paneleiro e que gostava de o comer à canzana enquanto lhe chamava nomes em húngaro. Se for uma gaja, como foi hoje, penso logo “Será que se rapa?”, “Lava-se com uma escova lá em baixo?”, “Aposto que, por ser freak, não se lava todos os dias e cheira a chulé e a corrimento.”. Não é que todas as freaks cheirem mal. Só a maioria.. É por causa destes pensamentos que não consigo manter uma conversa decente. Tudo o que me ocorre são os clássicos. “Então? Foste cagar?” ou “Mais um fino ou levas já com o grosso?”. Isto não é vida para ninguém. Que raio.
Se não se rapasse, era daquelas a quem gostava de dizer: “Rapa-te para o pai.”, sendo eu o pai, não é alguma ilusão ao incesto. As gajas rapam-se para elas próprias, porque é melhor sentir a pele macia contra as cuecas de algodão da Zara (não é que eu saiba que são de algodão por ter sido apanhado a cheirá-las e correrem comigo ao pontapé estando eu impedido de entrar em qualquer Zara do país – contaram-me apenas) ou um granda tufo que faça fsshhh fsshhh. Também é útil para fazer a esparregata sem sujar o soalho. Eu cá que tenho a casa cheia de tapetes persas seria uma maçada depois ter de mandar tudo para a limpeza a seco. No meu carro, no entanto, já não posso dizer o mesmo. Encontra-se facilmente ADN de várias pessoas todo de origem anal ou vaginal. Felizmente não sou esquisito.

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